Está terminada a derradeira sessão de preparação para o início da temporada 2023 de MotoGP. Dois dias de teste oficial da categoria rainha no Autódromo Internacional do Algarve e que, mais uma vez, terminaram com um piloto aos comandos de uma moto da Ducati no topo da tabela de tempos, enquanto Miguel Oliveira fechou o teste com 11º melhor tempo.
O piloto português da equipa CryptoData RNF Aprilia, estrutura liderada por Razlan Razali e que já na noite de sábado emitiu um comunicado em que confirmou o adiamento da apresentação da equipa de Miguel Oliveira para 20 de março e apenas em formato virtual (originalmente era a 16 de março no Estoril), prometia aumentar o ritmo neste segundo dia de teste de Portimão.
Depois de não ter feito o ataque ao cronómetro no dia de ontem, uma opção estratégica confirmada nas suas declarações, hoje, domingo, Miguel Oliveira cumpriu com o que estava programado e esteve ao ataque no asfalto do traçado algarvio.
Voltou a realizar mais de 70 voltas à “montanha russa” perto de Portimão, e na sua 35ª passagem registou aquele que veio a ser o seu melhor tempo neste teste oficial de MotoGP: 1m38.584s, que compara com o 1m39.466s do primeiro dia e que lhe tinha dado então o 6º tempo.
Apesar de ter melhorado em cerca de nove décimas o seu registo, Miguel Oliveira desta feita não chegou a entrar na lista dos dez mais rápidos em pista, tendo continuado a adaptar-se à Aprilia e aproveitando para realizar simulações de corrida a pensar na nova MotoGP Sprint que se estreia no Grande Prémio de Portugal de 24 a 26 de março.
Assim, o piloto português e a sua Aprilia RS-GP 22 #88 fecham o teste com o 11º melhor tempo na tabela de tempos combinados, precisamente a posição em que terminou neste segundo dia de teste de MotoGP, e manteve a diferença de pouco mais de seis décimas para o piloto mais rápido em pista.
Esse piloto foi, novamente, Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team). Depois de no sábado ter ameaçado rodar abaixo do recorde absoluto de MotoGP no AIA, “Pecco” e a sua Desmosedici GP23 tornaram-se hoje nos primeiros a conseguirem baixar do segundo 38. Na verdade, e para sermos mais precisos, o campeão em título levou a sua Ducati a voar baixinho pelo asfalto do circuito algarvio, registando a volta mais rápida de sempre com um tempo de 1m37.968s!
Francesco Bagnaia deixa assim um sério aviso à concorrência de que está já perfeitamente adaptado à nova moto de Borgo Panigale, e continua a revelar-se como o piloto a bater por todos os outros.
Na segunda posição da tabela de tempos combinados ficou a Prima Pramac Ducati de Johann Zarco, uma GP23 também, que necessitou de quase mais três décimas do que Bagnaia para realizar a sua melhor volta. O seu compatriota e campeão de 2021, Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha), deu à marca de Iwata razões para sorrir, registando o terceiro tempo mais veloz do teste oficial de MotoGP em Portimão.
Refira-se que a Yamaha continua a testar com a aerodinâmica da YZR-M1, tendo o protótipo japonês rodado no Autódromo Internacional do Algarve com uma grande asa traseira, que não passou despercebida a ninguém.
Analisando a tabela de tempos, voltamos a ter a Ducati a dominar o “top 10”. As motos de Borgo Panigale ocupam sete das dez primeiras posições, sendo que desta vez, e para além da Yamaha de Quartararo em 3º, encontramos Brad Binder (Red Bull KTM Factory) em 9º e ainda Aleix Espargaró (Aprilia Racing) em 10º, que tem estado a sofrer com problemas físicos e muitas dores nos braços, pelo que o espanhol de Granollers não terá verdadeiramente mostrado o seu verdadeiro ritmo.
A KTM vê assim aquele que será o seu principal piloto encontrar forma de colocar uma das RC16 nos lugares cimeiros da tabela de tempos, enquanto a Aprilia mantém-se nessas posições, ainda que desta feita mais atrasada do que em dias e testes anteriores, pois Aleix Espargaró ficou a seis décimas de diferença de Francesco Bagnaia.
Para a Honda, os problemas parecem estar longe de estarem resolvidos, com Joan Mir e Marc Márquez a serem, respetivamente, 13º e 14º, mas ambos a cerca de oito décimas de Bagnaia. Os pilotos da Repsol Honda confirmam que existem melhorias, pelo menos de acordo com as suas sensações aos comandos da nova RC213V, porém a moto da Honda continua a ser demasiado lenta em determinados setores do circuito algarvio, e mesmo garantindo que são rápidos noutros setores, a balança continua a estar no negativo para a marca japonesa.
Ainda ao nível das desilusões encontramos Jack Miller (Red Bull KTM Factory), que termina o teste oficial em 17º, logo seguido de Pol Espargaró (GasGas Factory Racing Tech3), e com outra desilusão imediatamente a seguir, o italiano Franco Morbidelli (Monster Energy Yamaha).
Terminado este teste oficial de MotoGP, os pilotos têm agora um pequeno período de descanso. Terão de regressar ao asfalto do Autódromo Internacional do Algarve para participar no Grande Prémio de Portugal, com os primeiros treinos a acontecerem dia 24, depois no dia 25 será a vez de se realizar a primeira corrida de sempre MotoGP Sprint – clique aqui para saber todos os detalhes –, e dia 26 será então a corrida normal que ditará o vencedor do GP de Portugal e primeiro vencedor de 2023.
MotoGP – Resultados combinados dos dois dias de teste oficial em Portimão
1 – Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) – 1m37.968s
2 – Johann Zarco (Prima Pramac Ducati) – 1m38.264s
3 – Fabio Quartararo (Monster Energy Yamaha) – 1m38.302s
4 – Luca Marini (Mooney VR46) – 1m38.310s
5 – Marco Bezzecchi (Mooney VR46) – 1m38.351s
6 – Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team) – 1m38.373s
7 – Alex Márquez (Gresini Racing) – 1m38.402s
8 – Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) – 1m38.434s
9 – Brad Binder (Red Bull KTM Factory) – 1m38.480s
10 – Aleix Espargaró (Aprilia Racing) – 1m38.569s
11 – Miguel Oliveira (CryptoData RNF Aprilia) – 1m38.584s
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