A penalização imposta pelo Colégio de Comissários FIM MotoGP a Marc Márquez (Repsol Honda) depois do incidente que envolveu também Miguel Oliveira (CryptoData RNF Aprilia) durante o Grande Prémio de Portugal 2023, continua a dar que falar, e a controvérsia cresce a cada dia que passa. Agora é a vez da Honda “atacar” a decisão da entidade liderada pelo antigo piloto Freddie Spencer, com o fabricante japonês a mostrar-se totalmente contra a modificação da penalização original.
Recordamos que depois de Márquez ter sido acusado de condução irresponsável durante o GP de Portugal, numa ação que levaria a que tanto o piloto espanhol da Honda como o piloto português Miguel Oliveira tivessem de abandonar a corrida de MotoGP, com o português inclusivamente agora a ser obrigado a ficar fora de ação devido a lesão, o Colégio de Comissários FIM MotoGP anunciou uma penalização para o oito vezes campeão do mundo.
Nesse primeiro momento, o texto da decisão de penalizar Márquez apontava claramente para que as duas “long lap” teriam de ser cumpridas durante o Grande Prémio da Argentina – clique aqui para ver os horários completos – que se realiza no próximo fim de semana.
Foto: Victor Schwantz Barros / Revista MotoJornal
Porém, Marc Márquez foi depois considerado como não estando apto a competir devido a também ele ter sofrido uma lesão, o que o obrigará a ficar de fora do GP da Argentina. Dessa forma, e seguindo o que estava escrito no texto original da penalização que lhe foi imposta, o espanhol ao não competir em Termas de Rio Hondo ficaria com o seu cadastro limpo. Ou seja, não iria cumprir a referida penalização de duas “long lap”.
Perante as muitas dúvidas que surgiram sobre se de facto o piloto da Repsol Honda ficaria com cadastro limpo ou se levaria a penalização para o GP seguinte, nas Américas, o Colégio de Comissários FIM MotoGP voltou a emitir um comunicado sobre a situação onde deixou de referir que a penalização seria cumprida na Argentina, passando então a apontar a penalização para ser cumprida quando eventualmente Marc Márquez voltasse aos Grandes Prémios.
Perante esta situação, o espanhol da Repsol Honda teria sempre de cumprir a penalização pelo que fez no Grande Prémio de Portugal.
Foto: Victor Schwantz Barros / Revista MotoJornal
Mas tudo isto acaba por deixar a Honda furiosa com toda a situação, nomeadamente aquilo que consideram uma alteração à decisão original do Colégio de Comissários FIM MotoGP. E por isso a Honda acaba de emitir um comunicado oficial sobre o assunto, que publicamos de seguida:
“Em relação à sanção imposta pela FIM a Marc Márquez pelo incidente de corrida ocorrido no Grande Prémio de Portugal, a Repsol Honda Team considera que a alteração da penalização consistiu numa alteração de critérios sobre quando a penalização deve ser aplicada, e que esta modificação foi emitida pela FIM dois dias após a sanção inicial ser final e definitiva, não está de acordo com os regulamentos atuais da FIM para o Campeonato do Mundo de MotoGP. Por este motivo, a Repsol Honda Team pretende utilizar todos os meios de recurso oferecidos pela regulamentação em vigor para defender os seus direitos e interesses legítimos, que considera violados em consequência da última resolução aprovada e, em particular, apresentou o devido Recurso perante os Comissários de Recurso da FIM”.
Teremos agora de aguardar os próximos capítulos desta polémica…
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