Moto Sabe quanto renderam os radares de Lisboa num só ano?

Sabe quanto renderam os radares de Lisboa num só ano?


A modernização e ampliação da rede de radares de controlo de velocidade na cidade de Lisboa, foi uma aposta ganha. Pelo menos do ponto de vista monetário, pois em termos de redução da sinistralidade rodoviária os resultados desta forma de controlo dos condutores portugueses deixarão muito a desejar em termos de eficácia.

E esta situação volta a ser destaque novamente pois a Câmara Municipal de Lisboa divulgou os números impressionantes e dados relativos aos radares de velocidade em Lisboa, e que reportam apenas ao período de um ano.

Tendo entrado ao serviço precisamente há um ano, em junho de 2022, os 20 novos radares de velocidade foram instalados e entraram ao serviço da CML, juntando-se então aos radares mais antigos, que, entretanto, foram modernizados, e expandindo assim o número total de radares de velocidade para 41.

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Com maior número de dispositivos em funcionamento nas estradas lisboetas, obviamente que o número de infratores apanhados pelos radares iria aumentar. Porém, o aumento foi bastante acentuado, e num período de apenas aproximadamente doze meses certos, de 1 de junho de 2022 a 23 de maio de 2023, o sistema detetou nada menos do que 363.942 infrações de velocidade.

Feitas as contas, isto significa que em Lisboa foram detetadas pelos radares, em média, 1019 infrações por dia ou 42 por hora.

A Câmara Municipal de Lisboa revela também que o local com mais infrações detetadas nos últimos sete meses do ano passado foi a Avenida Lusíada, com 46.212 casos de excesso de velocidade “flashados” pelos radares. Segue-se a Avenida Eusébio da Silva Ferreira, junto ao Centro Comercial Fonte Nova, e ainda a Avenida Padre Cruz.

Quanto à velocidade máxima detetada pelos radares fixos em Lisboa, esse “recorde” foi de 240 km/h.

Tudo isto resulta num encaixe financeiro de 8,2 milhões de euros – cerca de 23 mil euros em multas por dia –, sendo que este valor é repartido por três entidades distintas. Nos cofres da CML ficam guardados pouco mais de 4,5 milhões de euros, a Autoridade Tributária (AT) recebe aproximadamente 2,8 milhões de euros que equivalem a 35% do total, e 800 mil euros são encaminhados para a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), que correspondem a cerca de 10% do valor total.

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