Depois de superada a primeira barreira que foi ter sido considerado apto a competir na categoria rainha, depois de ter voltado a enfrentar os melhores pilotos do mundo do motociclismo nas sessões de treinos e qualificação, era com natural expectativa que Miguel Oliveira aguardava pela corrida MotoGP Sprint que integra o programa do Grande Prémio de Itália.
Já depois de ter estado num nível aceitável de performance e procura de voltas rápidas, tendo em conta a prolongada ausência a que foi obrigado devido a lesão contraída no GP de Espanha há mais de cinco semanas, Miguel Oliveira arrancou de 18º na grelha de partida, e durante as 11 voltas da corrida disputada este sábado no circuito de Mugello, o piloto português da CryptoData RNF Aprilia ascendeu nada menos do que seis posições.
Logo de início alcançou o 15º lugar, e depois chegou mesmo a estar na luta pelo “top 10”, que acabaria por não conseguir levar até final, perdendo o seu ritmo após ter sido ultrapassado por Brad Binder (Red Bull KTM Factory) numa manobra mais musculada.
Ainda assim, um 12º lugar nesta corrida MotoGP Sprint é um bom e muito positivo regresso à competição para Miguel Oliveira, que após a corrida fez questão de reagir, referindo que “O meu ombro estava um pouco fraco, não tinha muita potência no fim, e também resistência. Eu apenas senti muitas dificuldades nas trocas de inclinação da moto da esquerda para a direita, e é aqui que eu estou a perder mais tempo. Mas já é uma grande vitória estar a competir e estou feliz com isso, a aumentar a velocidade de dia para dia. A qualificação de manhã foi um pouco estranha, não consegui aproveitar ao máximo a volta devido às bandeiras amarelas na segunda saída. Temos algum trabalho para fazer amanhã e espero conseguir melhora um pouco mais”.
Porém, esta corrida curta MotoGP Sprint foi, como referimos, curta. Apenas 11 voltas a cumprir. E embora a intensidade nestas corridas de sábado seja máxima, a verdade é que a distância a cumprir é metade da corrida grande de Grande Prémio de Itália que se disputará na tarde de domingo.
O dobro da distância a percorrer será um momento bastante exigente do ponto de vista físico, e neste caso do ombro do piloto português, e sobre esse tema Miguel Oliveira refere que “Não sei como é que vou gerir. Vai ser muito difícil. Mas não me posso queixar demasiado, estou a pilotar e este já é um passo para uma boa recuperação”.
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