Os recordes, seja em que disciplina do desporto motorizado estivermos a falar, e não só, são para bater! Esta é uma regra implícita à competição motorizada, e no caso da categoria rainha MotoGP, fruto das inúmeras evoluções tecnológicas e aerodinâmicas, temos visto inúmeros recordes serem batidos. E um dos recordes que hoje foi batido foi o de velocidade máxima.
Já se esperava que durante o Grande Prémio de Itália de MotoGP, a longa e ondulante reta da meta do circuito de Mugello permitisse a obtenção de registos impressionantes de velocidade máxima, pois os protótipos de 2023, dos vários fabricantes, estão significativamente mais rápidos do que em anos anteriores.
E foi precisamente em 2022 e no circuito de Mugello que espanhol Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) pilotou a sua Desmosedici GP22 até aos 363,6 km/h durante o GP de Itália da temporada passada. Uma velocidade incrível e que deixou muitos, na altura, a sonhar com registos ainda mais impressionantes, levando mesmo o piloto de testes Michele Pirro a afirmar que caso a Ducati decidisse – e pudesse! – utilizar a Desmosedici GP22 sem asas, a velocidade teórica da moto italiana seria superior a 400 km/h!
Ora, pese embora as MotoGP estejam mais rápidas, a verdade é que ainda estamos longe desses fantásticos 400 km/h. Porém, Brad Binder e a sua KTM RC16 #33 deram hoje, na corrida MotoGP Sprint do GP de Itália, mais um passo rumo a esse número que muitos acreditam ser impossível de atingir.
O sul-africano, que foi penalizado devido a um toque com Alex Márquez (Gresini Racing) logo na primeira curva, e que foi obrigado a cumprir uma “long lap” e esforçar-se mais para recuperar posições no que faltava da corrida curta em Mugello, conseguiu passar no ponto de medição da reta da meta do traçado italiano a uns incríveis 366,1 km/h!
Relembramos que a reta da meta de Mugello é um local particularmente favorável a este tipo de velocidades, não apenas pela extensão de 1,1 km de reta, mas também porque antes de entrarem na reta os pilotos de MotoGP conseguem descrever a última curva do circuito a grande velocidade. Assim, quando entram na reta, já levam um grande “embalo”, e torna-se mais fácil chegar acima dos 360 km/h.
Refira-se também que a KTM RC16 usada por Brad Binder e que registou o novo recorde de velocidade máxima de MotoGP, está equipada com um novo pacote aerodinâmico que a marca austríaca estreou em Mugello este fim de semana. De acordo com a KTM, é uma versão “compacta” do pacote aerodinâmico.
Convém também referir que nesta corrida MotoGP Sprint outros pilotos entraram na lista de maior velocidade atingida em MotoGP.
1 – Brad Binder (Red Bull KTM Factory) – 366,1 km/h – corrida MotoGP Sprint 2023
2 – Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team) – 364,8 km/h – corrida MotoGP Sprint 2023
3 – Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) – 363,6 km/h – corrida MotoGP 2022
3 – Maverick Viñales (Aprilia Racing) – 363,6 km/h – corrida MotoGP Sprint 2023
4 – Johann Zarco (Prima Pramac Ducati) – 362,4 km/h – Treino Livre 4 Qatar 2021
4 – Brad Binder (Red Bull KTM Factory) – 362,4 km/h – Treino Livre 3 Mugello 2021
5 – Johann Zarco (Prima Pramac Ducati) – 361,2 km/h – Treino Livre Mugello 2023
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