O primeiro dia do Grande Prémio da Alemanha de MotoGP foi bastante intenso, com duas sessões de treinos que deram então início à ação no circuito Sachsenring. No “apertado” traçado alemão, e a juntar-se às condições climatéricas que tiveram algum impacto nos resultados, houve muitas quedas que ficaram nos registos da categoria rainha. E entre os pilotos que caíram esteve Miguel Oliveira.
O piloto português da CryptoData RNF Aprilia, ainda à procura da melhor condição física, nomeadamente no seu ombro esquerdo, que ainda por cima é particularmente “castigado” neste circuito devido às 10 curvas para a esquerda, chegou a estar, por largos minutos, dentro do “top 10” que daria acesso direto à Qualificação 2 de MotoGP.
Mas uma queda na sempre traiçoeira curva 10, momentos antes de bandeiras vermelhas interromperem o Treino 2, deixou Miguel Oliveira sem argumentos para tentar manter essa posição entre os dez melhores, posição da qual já tinha, entretanto, saído nos minutos finais, e à qual queria então regressar.
A queda de Miguel Oliveira não foi – mais uma vez – vista durante a transmissão do Treino 2, nem houve repetição do momento. Mas a verdade é que o piloto português foi mesmo obrigado a passar pelo Centro Médico de Sachsenring, tendo estado largos momentos a ser observado pelos médicos para descartar qualquer agravar de lesão no ombro, ou uma nova fratura.
Um momento de ansiedade que terminou com boas notícias, pois nenhuma lesão foi detetada. Mas por outro lado, Miguel Oliveira acabou por não ter muito tempo para regressar à pista para um derradeiro “time attack”.
Assim, o 15º tempo na tabela de tempos combinados (13º no Treino 2) obriga o piloto português a passar pela Q1 de MotoGP, tendo então de ser um dos dois mais rápidos para conseguir depois passar à Q2 e discutir as melhores posições na grelha de partida para o Grande Prémio da Alemanha.
Em reação ao que aconteceu no primeiro dia desta ronda alemã, Miguel Oliveira refere que “Sinto-me bem com o dia de uma forma geral, sofri uma pequena queda e perdi a frente na curva 10. Bati com o ombro com força e senti imediatamente uma dor intensa, então decidi ir direto para o controlar para ver se poderia danificá-lo ainda mais se continuasse a pilotar. Devo dizer que estou bastante feliz com o dia de hoje, é uma pista difícil para o ombro esquerdo, mas ainda consegui ser competitivo e isso é bom. Amanhã, inevitavelmente, temos que passar pela Q1 e jogar os nossos melhores trunfos para tentar classificar o mais à frente possível”.
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