É um dos maiores talentos que podemos ver atualmente a competir no Mundial de Velocidade, e depois de conquistar o título em Moto3, título que celebrou em grande no Grande Prémio de Portugal há duas temporadas, Pedro Acosta tem sido um dos pilotos em maior destaque na temporada 2023 na categoria Moto2. A lutar pelo título, o espanhol é um dos pilotos mais desejados por várias equipas em MotoGP, e agora a KTM fez saber que “segurou” o talentoso espanhol em 2024.
Através de declarações do diretor desportivo da Red Bull KTM Factory em MotoGP, Francesco Guidotti, que falou ao portal italiano GPOne, ficámos agora a saber que o fabricante austríaco não deixou “fugir” Pedro Acosta, piloto que tem vindo a afirmar que quer subir a MotoGP no próximo ano, seja com quem for.
A KTM exerceu uma cláusula que tem no contrato com piloto espanhol, e em 2024 teremos então Pedro Acosta a subir de categoria, tal como o próprio tinha manifestado vontade que acontecesse.
Adiantando-se a qualquer fabricante rival que pudesse estar a tentar desviar o piloto espanhol do projeto da KTM, a marca austríaca não perdeu mais tempo e exerceu o seu direito de opção para prolongar o contrato, sendo então obrigada a fazer Acosta subir a MotoGP. Isso mesmo foi confirmado por Francesco Guidotti que referiu que “O Acosta vai continuar a ser piloto KTM, tínhamos uma opção que podíamos utilizar e fizemos isso. Ele vai estar em MotoGP, mas para qual equipa irá será uma surpresa”.
É precisamente neste ponto (qual equipa) que existem maiores dúvidas.
Sendo que desde há várias semanas era dado praticamente adquirido que Pedro Acosta subiria a MotoGP em 2024, a grande questão que paira sobre o paddock é: qual será a equipa em que vai competir o piloto espanhol?
Agora que sabemos que estará inserido na “família” KTM, ou seja, KTM ou GasGas, tem vindo a ser colocada a hipótese de que a subida de Pedro Acosta à categoria rainha obrigasse a marca austríaca a criar uma nova equipa. E desde a saída da Suzuki no final da temporada passada existem então duas vagas livres.
A KTM poderia aproveitar essas vagas da Suzuki. Uma seria para Pedro Acosta, e a segunda vaga poderia ser para Marc Márquez, que, a acreditarmos nos rumores desta “silly season” de MotoGP, está descontente com a Honda e pode encontrar um refúgio na casa de Mattighofen. Porém, esta hipótese está completamente colocada de parte, pois a Dorna não pretende alargar o plantel de MotoGP, e muito menos com mais um par de motos RC16 com novas cores.
Isto significa que Pedro Acosta será integrado numa de duas equipas: a Red Bull KTM Factory ou na GasGas Factory Tech3.
Se o jovem piloto for para a Red Bull KTM Factory, isso significaria que a estrutura de fábrica liderada Francesco Guidotti e Pit Beirer teria de terminar antecipadamente o contrato de um dos seus dois atuais pilotos. Tanto Brad Binder como Jack Miller têm contrato válido por mais uma temporada.
Caso a KTM opte por colocar Pedro Acosta na GasGas Factory Tech3 de Hervé Poncharal, isso significa que Pol Espargaró (a recuperar de graves lesões) e o “rookie” Augusto Fernandez, campeão em título de Moto2, têm os seus lugares em risco.
Pol Espargaró é já um veterano de MotoGP, e, em teoria, o que mais condições tem para levar a GasGas para outro patamar. Porém, a idade (32 anos) e o facto de ter sofrido lesões graves a vários níveis e que ainda o impedem de competir em 2023, serão situações que podem deixar Pol Espargaró na “porta de saída” da equipa para dar lugar ao jovem talento Pedro Acosta.
Mas na GasGas milita também um outro espanhol, Augusto Fernandez. Campeão em 2022 nas Moto2, o “rookie” tem dado boa conta de si nesta que é a primeira temporada frente a frente com os pilotos mais experientes do campeonato, e numa altura em que a competição está mais renhida do que nunca. Augusto Fernandez tem já como melhor resultado um 4º lugar no Grande Prémio de França, mas noutras corridas tem revelado uma solidez interessante para quem pela primeira vez está aos comandos de um protótipo de MotoGP.
Ainda assim, há quem diga que a KTM / GasGas preferirá manter Pol Espargaró na equipa, o que faria com que Augusto Fernandez fosse obrigado a procurar por uma nova equipa a partir de 2024.
Seja qual for a decisão, que será conhecida nas próximas semanas, o futuro de Pedro Acosta em MotoGP passa pelo laranja da KTM ou o vermelho da GasGas.
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