Moto MotoGP 2023 – CEO da KTM aponta dificuldades financeiras na RNF

MotoGP 2023 – CEO da KTM aponta dificuldades financeiras na RNF


Estamos num momento particularmente interessante da temporada de MotoGP, e não nos estamos a referir ao que acontece em pista, pois a longa pausa de verão ainda se prolonga por mais algumas semanas antes do Grande Prémio da Grã-Bretanha assinalar o recomeço da competição, e logo com novidades na forma como os pilotos da categoria rainha acedem à Qualificação 2.

Mas se a ação em pista está parada, o paddock de MotoGP continua a fervilhar de rumores sobre inúmeras situações, principalmente no que respeita ao futuro de diversos pilotos que, tendo ou não contrato válido, estarão a resolver por estes dias a sua carreira para 2024 com negociações que podem vir a trazer muitas surpresas.

O que já não é surpresa para ninguém, é que o talentoso espanhol Pedro Acosta, atualmente a competir em Moto2, tem lugar assegurado com a KTM em MotoGP a partir do próximo ano. Essa confirmação oficial aconteceu há algumas semanas, com a marca austríaca a utilizar a sua cláusula de preferência sobre Acosta, protegendo o espanhol de possíveis ataques de equipas rivais.

Mas a subida de Pedro Acosta à categoria rainha deixou o paddock com mais incertezas do que certezas.

Tudo porque a KTM tem sob contrato dois pilotos na sua equipa de fábrica – Jack Miller e Brad Binder – e na equipa satélite que compete com as cores da GasGas, Hervé Poncharal, diretor da Tech3, sabe que Pol Espargaró tem contrato por mais um ano e vai cumprir esse contrato a não ser que a sua condição física não permita, afastando os rumores de que passaria a piloto de testes, enquanto Augusto Fernandez era o único que estaria sem contrato a partir de final de 2023.

Porém, dizemos “estaria”, pois Stefan Pierer, em entrevista ao portal alemão SpeedWeek, confirmou que a KTM exerceu a cláusula contratual de Augusto Fernandez, o “rookie” de MotoGP, campeão em título de Moto2, que tem dado bons sinais frente a pilotos mais experientes nesta que é a sua temporada de estreia ao mais alto nível.

Com a confirmação do prolongar de ligação a Augusto Fernandez, como é que a KTM vai fazer para colocar Pedro Acosta aos comandos de uma RC16 em 2024?

Na mesma entrevista, o CEO da KTM garante que o espanhol estará mesmo em MotoGP com uma KTM, “Seja onde for! E se precisar de um lugar extra, tudo se arranjará”, começa por referir um confiante Stefan Pierer.

Mas alargar o número de motos em pista não é algo que a Dorna deseje. Carlos Ezpeleta, diretor desportivo e filho de Carmelo Ezpeleta, há algumas semanas confirmou que não há possibilidade de passar das atuais 22 motos na grelha de partida, muito menos se for a chegada de mais motos de fabricantes que já competem em MotoGP. Caso seja um novo fabricante a situação será analisada de forma diferente.

É aqui que poderá entrar a equipa RNF liderada por Razlan Razali, e que atualmente funciona como equipa satélite da Aprilia, e onde, claro, podemos ver a competir o piloto português Miguel Oliveira.

Stefan Pierer refere que a KTM tem a consciência de que “A situação económica atual não vai ser fácil para as equipas privadas”, com o responsável austríaco a ir inclusivamente mais longe afirmando que “Ouvi que a segunda equipa da Aprilia já tem dificuldades financeiras e está a receber ajuda da Aprilia”.

Uma situação bastante surpreendente esta relatada por Pierer, não só pelo acordo entre a RNF e a Aprilia ter uma validade maior, mas também porque Razlan Razali tem estado a conseguir atrair para a sua estrutura RNF um conjunto vasto de patrocinadores e parceiros, pelo que as considerações de Stefan Pierer sobre a equipa de Miguel Oliveira poderão ser lidas com uma boa dose de ceticismo.

Se de facto se confirmarem essas eventuais dificuldades financeiras apontadas pelo “manda mais” da KTM anunciadas em entrevista ao SpeedWeek, isso poderia abrir então a porta para que entre em pista, pelo menos, mais uma KTM RC16, com a marca austríaca a ficar com os lugares da equipa satélite da marca de Noale.

Pedro Acosta teria então o seu lugar encontrado, e, eventualmente, haveria um segundo piloto nessa equipa que de acordo com Stefan Pierer não será certamente o oito vezes campeão do mundo Marc Márquez, pese embora muitos rumores apontem para que o piloto de Cervera termine o seu contrato com a Honda antecipadamente para poder regressar à família laranja já em 2024.

Com uma negociação com a Gresini Racing de Nadia Padovani colocada de parte, Stefan Pierer não esconde que a RNF não é a única equipa na “mira” da marca austríaca. Até porque nas últimas semanas algumas vozes do paddock de MotoGP apontam para que Lucio Cecchinello, proprietário da LCR, equipa há muito ligada à Honda, estaria na disposição de antecipar o fim do contrato com a marca japonesa e ficar então com as KTM RC16.

Para a LCR, e numa altura em que a Honda RC213V continua a mostrar-se muito complicada de trabalhar, uma possível mudança de fabricante será vista como uma notícia positiva, ainda para mais quando a KTM parece estar a mostrar que tem capacidade técnica para colocar em pista um protótipo competitivo e ajudar as suas equipas satélite, para além da equipa de fábrica.

Veremos como toda esta situação se irá desenrolar nas próximas semanas.

Por isso fique atento a www.motojornal.pt para estar sempre a par de todas as novidades de MotoGP, com especial destaque para o piloto português Miguel Oliveira. A não perder!

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