No dia seguinte a ter conseguido um muito positivo e merecido 6º lugar na corrida de MotoGP do Grande Prémio de São Marino, Miguel Oliveira marcou presença no teste oficial que hoje aconteceu no circuito de Misano.
Um dia importante em diversos aspetos para o piloto português, porque não só rodou pela primeira vez com a Aprilia RS-GP 23 que utilizará na próxima temporada, como aproveitou para experimentar novidades na sua atual moto RS-GP 22.
Com 37 voltas cumpridas ao longo do intenso dia de teste oficial de MotoGP em Misano, Miguel Oliveira teve na sua box a moto que está atualmente reservada aos pilotos da equipa de fábrica.
Uma oportunidade especial para verificar diferenças para a sua moto atual, mas, principalmente, para começar a ambientar-se à moto que vai pilotar na próxima temporada, embora se saiba que até ao final do ano a Aprilia Racing poderá incluir novidades diversas nessa moto e que por isso Miguel Oliveira terá mesmo de esperar pelo teste de final de temporada para rodar com a moto na sua especificação final.
Miguel Oliveira realizou a sua melhor volta à 31ª passagem pela linha de meta, conseguindo parar o cronómetro em 1m31.232s, um tempo que permitiu ao #88 finalizar o teste de Misano como 7º mais rápido em pista, algo que, tendo em conta que estamos a falar de testes, não será o mais importante.
O melhor registo de Miguel Oliveira foi conseguido com a Aprilia RS-GP 22, uma moto com a qual o português terá de competir até final de 2023, pelo que foi nessa moto que o luso e a sua equipa técnica mais focaram as atenções, aproveitando as voltas com a RS-GP 23 para perceberem quais as diferenças entre os dois protótipos e encontrarem novas soluções e estratégias para melhorar a performance da moto atual.
Em reação ao dia de teste em Misano, Miguel Oliveira refere que “Foi bom experimentar pela primeira vez a moto de 2023. Não há um único aspeto que seja muito melhor que a minha, mas é um pouco melhor em tudo. Com certeza a moto tem muito potencial, um pouco mais que a minha, então também é bom saber quais são os pontos que talvez possamos trabalhar na nossa moto para ainda nesta temporada tentarmos ser mais competitivos e tirar o máximo proveito do pacote. Não fizemos muitas voltas com a moto de 2023, porque não faria sentido trabalhar o dia todo com ela, pois é uma máquina que não vamos competir nas próximas corridas. Por isso continuamos o trabalho com o RS-GP de 2022. Tínhamos algumas pequenas coisas para testar, um link, um braço oscilante, nada diferente na afinação. Mas essas pequenas coisas ajudaram-nos a entender qual o rumo a seguir”.
Quem também decidiu abordar este teste de Miguel Oliveira com a moto de 2023 foi Aleix Espargaró.
O piloto da Aprilia Racing, profundo conhecedor da RS-GP 23, lamenta o facto de Miguel Oliveira não poder utilizar a moto mais atual ainda esta temporada, e que seria bom para a Aprilia conseguir disponibilizar motos de fábrica a todos os seus pilotos como forma de recolher mais dados para desenvolver o protótipo de Noale.
Quando questionado sobre as diferenças entre as RS-GP de 2022 e 2023, Aleix Espargaró refere que “A única coisa que a moto de 2023 dá é mais estabilidade. Essa é, na realidade, uma das pequenas diferenças, porque as motos de 2022 e 2023 não são assim tão diferentes. É bom conhecer o ponto de vista do Miguel. Penso que é uma boa atitude da Aprilia em deixar o Miguel testar a moto de 2023 e recolher mais dados. Se eu pudesse, daria a ambos (Miguel e Raul Fernandez) a moto de 2023. Infelizmente não é tão simples”.
Refira-se que o piloto mais rápido em pista no final do dia de teste de MotoGP em Misano foi Luca Marini (Mooney VR46), ao rodar em 1m30.602s.
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