Para além do circuito que supostamente deveria ter acolhido o Grande Prémio do Cazaquistão, entretanto cancelado, este ano o calendário 2023 tem um segundo novo circuito: Buddh International. Será este circuito que dentro de dias receberá o primeiro Grande Prémio da Índia de MotoGP, uma prova esperada com muita antecipação, quer por parte de pilotos e equipas, mas também da parte dos fãs da categoria rainha.
De 22 a 24 de setembro, pese embora as muitas dificuldades logísticas, e de viagens de pilotos e membros das equipas, e toda as diversas polémicas que têm sido destacadas no paddock nos dias que antecedem o Grande Prémio da Índia, o Buddh International vai vestir-se de gala para acolher a melhor competição de motos do mundo.
Um circuito novo, que colocará em pé de igualdade todos os pilotos e fabricantes, que nunca ali competiram. E para os fãs será também um fim de semana de descoberta, pelo menos para aqueles que não seguem a Fórmula 1.
Por isso, e numa tentativa de dar a conhecer aos fãs de MotoGP algumas informações que poderão dar uma ajuda a seguir as sessões em pista – clique aqui para ver os horários completos do Grande Prémio da Índia – deixamos de seguida os destaques e detalhes mais informações do circuito Buddh International.
A primeira noção a reter, é que o circuito localiza-se nos arredores da cidade de Greater Noida, que fica a cerca de uma hora de viagem da capital indiana Nova Delhi. A visita do MotoGP ao país asiático está a gerar um enorme interesse, a vários níveis, principalmente do ponto de vista económico para os fabricantes que competem neste mundial, pois a Índia, de acordo com as estatísticas mais recentes, terá ultrapassado a China como país mais populoso do planeta!
A acreditar nos números anunciados em 2022, a população da Índia atingiu nesse ano 1,4 mil milhões de habitantes.
Por isso, o sucesso nas corridas de MotoGP para qualquer um dos fabricantes poderá significar um enorme potencial de vendas dos seus modelos de estrada.
O circuito Buddh International foi construído entre 2007 e 2009, tendo como “criador” o arquiteto de tantos outros circuitos em todo o mundo, Hermann Tilke. As suas bancadas e áreas reservadas para o público assistir às corridas permitem que um total de 110.000 pessoas possam ver ao vivo a corrida de MotoGP, e para a estreia do GP da Índia as previsões apontam para que a lotação esteja esgotada.
Será um dos circuitos mais longos do calendário de MotoGP. De facto, o Buddh International conta com uma extensão total de 5010 metros, a largura da pista é de 12 metros, e ao todo os pilotos vão ter pela frente 13 curvas de acordo com a renovação e versão do layout para acolher este Grande Prémio da Índia: 8 para a direita, e 5 para a esquerda.
Para além das retas, sendo que uma delas será mesmo a maior de todas com 1220 metros de extensão, que liga as curvas 3 e 4, o desenho do circuito indiano permite antever uma mistura equilibrada entre pontos de alta velocidade e curvas mais rápidas, com secções mais lentas e técnicas. Um “mix” que será bastante interessante e que obrigará os pilotos e as respetivas equipas a encontrarem afinações que permitam garantir uma velocidade máxima elevada, mas também o equilíbrio e agilidade para as curvas mais lentas.
Por falar em velocidade máxima, de acordo com o promotor do Grande Prémio da Índia, e sendo que nenhum protótipo de MotoGP rodou aqui, a estimativa aponta para que seja registado um novo recorde de velocidade máxima da categoria rainha. Atualmente esse recorde é de 366,1 km/h (Brad Binder / KTM durante o GP de Itália, em Mugello), mas as previsões apontam para que as MotoGP consigam atingir e superar a barreira dos 370 km/h!
Sem qualquer referência em termos de competição de motos de nível de campeonato do mundo, apenas podemos utilizar os tempos obtidos durante os três anos (2011 a 2013) em que a Fórmula 1 visitou o Buddh International.
O recordo absoluto é de Sebastian Vettel, que venceu todas as três edições do GP da Índia de F1, sendo que o antigo piloto alemão, entretanto reformado, conseguiu rodar em 1m24.119s. O recorde em corrida de F1 é de 1m27.249s. Convém relembrar que o desenho do circuito foi alterado, o circuito renovado em termos de asfalto, e por isso estes tempos que referimos servem apenas de referência para as MotoGP.
Para os pneus, o asfalto indiano será bastante agressivo. Os pilotos terão mais pneus para utilizar durante os treinos, sendo que os treinos, tal como referimos nos horários completos do Grande Prémio da Índia, são de maior duração do que o habitual. O ponto de maior stress para os pneus será a travagem para a curva 4, uma direita bem apertada que sucede à longa reta e onde, a acreditar nas previsões, os protótipos de MotoGP vão iniciar a travagem próximo dos 370 km/h.
Uma última nota ainda para que a zona da “long lap” estará colocada na curva 3.
Veja em baixo um vídeo captado com a ajuda de um drone, e onde é possível ficar com uma melhor ideia do circuito Buddh International nesta sua versão mais recente para receber um Grande Prémio de MotoGP.
Drone view of the Buddha International Circuit – The Home to Indian Oil Grand Prix of India 😍😍😍
[Video Credit: Live with Gaurav (Youtube)]#MotoGP #IndianGP #MotoGPBharat pic.twitter.com/lcWth7JKbO
— Desi Racing Co. (@DesiRacingco) September 17, 2023
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