A associação aproveita a efeméride para realizar “uma maratona de medições da qualidade do ar em diversos pontos críticos da cidade de Lisboa”, como anuncia em comunicado, explicando que quer perceber como estão os níveis da qualidade do ar em Lisboa no DESC.
Em Lisboa acontecem várias iniciativas para assinalar o dia, mas não está previsto o corte de ruas, ao contrário do que acontece, por exemplo, em Gondomar ou Vila Nova de Gaia, Vendas Novas ou Celorico da Beira, Mealhada ou Vagos.
Na capital celebrou-se em 2000 o primeiro DESC com o encerramento de diversas artérias da cidade e nesse dia milhares de automóveis não entraram sequer na capital.
Com o sucesso do DESC nesse ano, e no seguinte, em 2002 foi lançada a Semana Europeia da Mobilidade, que desde então decorre na União Europeia de 16 a 22 de setembro.
Com as duas iniciativas pretende-se incentivar a mobilidade suave e sustentável, evitando a emissão de gases com efeito de estufa e ao mesmo tempo melhorando a qualidade do ar e o ruído (o DESC surgiu na sequência de uma diretiva europeia sobre a qualidade do ar).
Segundo um comunicado da Zero divulgado recentemente as emissões de gases geradas pelo transporte rodoviário em Portugal aumentaram 6,2% em relação ao período pré-pandemia. “As emissões associadas ao consumo de gasóleo e gasolina no transporte rodoviário não param de aumentar”.
Hoje, a associação, usando um aparelho de medição da qualidade do ar (transportado em bicicleta), vai estar em vários locais da cidade para medir níveis de, por exemplo, dióxido de azoto ou partículas inaláveis e finas.
A ação, segundo a Zero, visa chamar a atenção “para os problemas da qualidade do ar nas cidades portuguesas, para a urgência de retirar carros das cidades, para a necessidade do reforço do transporte público e para as consequências para a saúde” de níveis de concentrações de poluentes acima dos valores recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
No ano passado, para assinalar a data, a Zero divulgou um estudo segundo o qual um dia por semana sem carros poupará o equivalente a 03% a 05% do gasóleo e gasolina consumidos em meio urbano.
Números divulgados na imprensa em 2018 davam conta de que entravam em Lisboa, diariamente, cerca de 370 mil carros.
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