Moto MotoGP 2023 – Pedro Acosta deixa no ar a solução para a KTM

MotoGP 2023 – Pedro Acosta deixa no ar a solução para a KTM


Com cinco pilotos sob contrato e apenas quatro motos em pista, duas para a equipa de fábrica Red Bull KTM Factory e outras duas para a satélite GasGas Factory Tech3, a KTM Factory Racing tem um problema para resolver ao nível dos pilotos. Tudo porque Pedro Acosta deverá subir das Moto2 para o MotoGP em 2024, mas isso implicaria a encontrar uma solução milagrosa para os outros pilotos.

Sobre esta situação pouco comum já muito se falou, inclusivamente com Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports, a abrir a porta a uma situação que terminava com um dos cinco pilotos KTM a ficar como “wildcard” em 2024, e também muito se escreveu, com diversas pessoas ligadas ao paddock de MotoGP a apontarem as mais diversas hipóteses.

Mas até agora, até ao Grande Prémio do Japão, um dos pilotos envolvidos nesta situação, Pedro Acosta, tinha-se mantido um pouco à margem de qualquer polémica, até por estar em discussão direta pelo título de Moto2.

Porém, e chegados ao circuito Mobility Resort Motegi, Pedro Acosta não resistiu mais a responder a algumas perguntas sobre o seu futuro. E o piloto espanhol acabou mesmo por abrir a porta a uma solução que até ao momento parecia estar fora de hipótese.

De acordo com Acosta, “Veremos onde eu vou pilotar. Está tudo no ar. Não tenho notícias. Talvez fique mais uma temporada em Moto2. Não sabemos”, referiu de forma surpreendente o piloto da KTM Ajo na categoria intermédia.

Esta declaração deixa em cima da mesa uma hipótese que tinha sido, aparentemente, afastada pelo próprio Pedro Acosta no momento em que a KTM anunciou a sua mudança para MotoGP em 2024. O espanhol referiu, claramente, que ficar em Moto2 não era uma opção. Mas tudo isso parece ter-se alterado e agora a marca austríaca terá alguma margem para resolver a situação que parecia impossível de solucionar.

“Sempre existiram duas direções, mas eu não quero aceitar”, continuou. “De facto, eu não gosto da ideia de permanecer em Moto2 por mais uma temporada. Porque eu quero saltar para o MotoGP, acho que é o passo certo. Não podemos ter medo, medo de nada. Temos de ser realistas. Se não puder ir (para MotoGP), não posso. Terei de esperar”.

Abrindo-se esta janela de oportunidade para manter nos seus lugares em MotoGP os pilotos Brad Binder, Jack Miller, Pol Espargaró e até Augusto Fernandez, que viu o seu contrato prolongado pela KTM, a KTM Factory Racing poderá ter encontrado a solução para Pedro Acosta.

Porém, esta novidade em termos de futuro do espanhol em Moto2 abre espaço para uma nova dúvida: ficando em Moto2 em 2024, em que equipa iria estar Pedro Acosta?

Uma dúvida bastante pertinente, pois a equipa onde o espanhol milita atualmente, a Red Bull KTM Ajo, já anunciou que na próxima temporada vai contar com dois pilotos: Celestino Vietti e Deniz Oncu.

Neste momento, mesmo que aceite ficar na categoria intermédia, Pedro Acosta também não tem espaço para continuar na equipa que lhe está a permitir lutar pelo título da categoria este ano. O que significa que a KTM teria um novo problema em mãos, neste caso em que equipa conseguem “encaixar” Pedro Acosta.

E quando saberemos qual será o futuro do piloto espanhol da KTM? De acordo com Acosta, mais novidades deverão chegar antes da derradeira ronda do ano, o Grande Prémio da Comunidade Valenciana. Até lá, pelo menos a acreditar nas palavras do piloto espanhol durante este arranque de GP do Japão, ficaremos sem saber qual será o caminho escolhido quer pela KTM, quer pelo piloto.

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