Jessica Hawkins fez, no passado mês de setembro, história, ao tornar-se na primeira mulher em quase cinco anos a conduzir um carro de Fórmula 1. Neste caso, o AMR21, o monolugar que a Aston Martin utilizou no Campeonato do Mundo de 2021.
A jovem de 28 anos cumpriu 26 voltas no circuito húngaro de Hungaroring, em Budapeste. Esta, terça-feira, em entrevista concedida à estação televisiva britânica Sky Sports, disse esperar que a presença na ronda de testes sirva para abrir portas para casos semelhantes.
“Perguntam-me muitas vezes como é que não há mulheres na Fórmula 1. Há, provavelmente, uma série de razões, mas uma das principais tem a ver com números”, começou por afirmar a piloto natural de Headley, no Reino Unido.
“Se 5.000 miúdos começarem a fazer karting no mundo e só dez foram raparigas, e as pessoas desistem durante o caminho por várias razões, como o dinheiro, por não serem boas o suficiente, não serem apaixonadas ou encontrarem outros interesses, pela média, é claro que não vamos ver uma mulher na Fórmula 1”, prosseguiu.
“Mas penso que isto vai dar visibilidade à geração mais jovem, para demonstrar que merecemos um espaço e que conseguimos fazê-lo. Somos capazes. Não sou apenas apaixonada por mulheres no mundo automóvel, mas sim por ver pessoas felizes e a seguirem os seus sonhos”, completou.
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