Com a mudança de Marc Márquez da Repsol Honda para a Gresini Racing confirmada, a Honda Racing Corporation (HRC) está no centro de uma nova “novela” tendo em conta que têm de encontrar um substituto para Márquez na equipa de fábrica Repsol Honda. E um dos pilotos que têm na mira é Miguel Oliveira.
Cinco vezes vencedor de Grandes Prémios, a cumprir aquela que é a quinta temporada completa em MotoGP, Miguel Oliveira é visto no paddock da categoria rainha como um dos pilotos mais desejados, e a Repsol Honda e o HRC parecem dispostos a oferecer ao português da CryptoData RNF Aprilia uma posição de destaque na equipa de fábrica ocupando o lugar deixado vago por Marc Márquez.
Claro que o facto da Honda estar a contactar diversos pilotos, incluindo Miguel Oliveira, tem sido motivo suficiente para se registarem as mais diversas reações no seio do paddock de MotoGP e aparecerem “milhares” de hipóteses.
Desta feita foi mesmo necessário que Massimo Rivola, CEO da Aprilia Racing, e um dos grandes responsáveis para que o piloto português integre o projeto da casa de Noale, viesse a público reagir aos rumores da possível saída do Falcão para a Repsol Honda.
Rivola assume, claramente, que para o projeto da Aprilia Racing em MotoGP, Miguel Oliveira é um piloto considerado intocável:
“Eu queria os quatro pilotos que tenho e coloquei-os sob contrato para 2024 também, da minha parte eles não se mexem. Nenhum deles me disse nada e eu quero ficar com todos”, revelando que Miguel Oliveira não tem nenhuma cláusula especial no contrato que lhe permita sair caso receba uma oferta de uma equipa de fábrica: “Não existe essa cláusula para o Miguel. Até porque, para todos os efeitos, ele é um piloto de fábrica, ele tem um contrato diretamente connosco”.
O responsável italiano chega mesmo a revelar o seu desconforto com toda a situação, afirmando que “No que diz respeito à Aprilia, a mensagem é: temos contratos assinados, por isso deixem de nos incomodar!”, reafirmando assim que todos os pilotos, e neste caso Miguel Oliveira, são intocáveis, e a Aprilia Racing não tem intenções de os perder em 2024.
A reforçar a ideia de que Miguel Oliveira é intocável no que respeita a 2024, Razlan Razali, fundador da CryptoData RNF Aprilia, a equipa do piloto luso, não esconde que a Honda está a falar com os pilotos, mas afasta qualquer saída:
“Sim, é claro que a Honda está a contactar todos os pilotos que têm a oportunidade de assinar com eles, sabemos que falaram com o Maverick Viñales, agora estão a falar com o Miguel, mas ele tem um contrato sólido com a Aprilia Racing. Os rumores de que ele tem uma cláusula de libertação se receber uma oferta de uma equipa de fábrica são falsos e imprecisos. Essa cláusula não existe. Não negamos que o Miguel tenha sido contactado pela Honda, mas ele tem um contrato válido com a Aprilia”.
Porém, e como temos visto nos últimos tempos com maior frequência, os contratos assinados podem sempre ser “rasgados”, e tudo é possível!
Isso mesmo foi admitido por Miguel Oliveira em conversa com o canal oficial de MotoGP. O piloto português que se prepara para o Grande Prémio da Indonésia este fim de semana – clique aqui para ficar a par dos horários completos – assume a importância de ser um dos nomes considerados pela Repsol Honda, e termina o seu discurso deixando no ar uma possibilidade de a mudança da Aprilia para a Honda acontecer:
“É sempre um prazer ser considerado por um fabricante como a Honda, especialmente quando aquilo que eles oferecem é um lugar de fábrica. Penso que vimos muitas coisas improcedentes acontecerem esta temporada, com o Marc a deixar a Honda ainda com contrato válido, o Pol Espargaró a ficar em casa no próximo ano com contrato válido, por isso penso que tudo é possível”, disse Miguel Oliveira.
Esta será, certamente, uma questão a ser acompanhada com muita atenção nas próximas semanas, pois quando se pensava que Miguel Oliveira estava intocável no seio da Aprilia Racing, a verdade é que num momento em que os contratos assinados parecem valer pouco ou quase nada, o futuro do piloto português poderá mesmo passar pela Repsol Honda.
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