Houve um aumento significativo de sinistros por inundações e tempestades em 2022 e em 2023, revelaram dados de gestão de sinistros da companhia de seguros Zurich Portugal.
Segundo a empresa, em comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, em dezembro de 2022 os sinistros por inundações e tempestades geridos pela Zurich representaram 34% do total dos sinistros registados e, em janeiro de 2023, essa percentagem situou-se em 26%.
“Os danos causados pelas inundações têm um impacto devastador nas casas e na qualidade de vida das comunidades. A frequência e severidade com que as inundações estão a acontecer em Portugal são notórias – como é o caso recente da depressão Aline – e é fundamental trabalharmos na resiliência climática das cidades e das comunidades”, frisou Rosário Lima, diretora de Sinistros daquela companhia de seguros.
De acordo com a Zurich Portugal, em 2022, 8% dos sinistros registados foram relacionados com inundações e tempestades e de janeiro a julho de 2023, a fatia deste tipo de sinistros situou-se em 12%, valores claramente superiores aos anos anteriores.
Nas inundações de dezembro de 2022, que afetaram maioritariamente a zona da grande Lisboa, a Zurich registou mais de 1.200 sinistros, com indemnizações pagas perto dos quatro milhões de euros.
“Estes dados confirmam o impacto de um mês que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) descreveu como um dos mais quentes, mas também mais chuvosos, das últimas décadas”, lê-se no comunicado.
Já nas inundações de janeiro de 2023, que afetaram maioritariamente a zona norte, a Zurich Portugal registou mais de 350 sinistros, com indemnizações que chegaram perto dos 500 mil euros.
“Sempre que surge um episódio climático extremo, criamos equipas totalmente dedicadas à gestão destes sinistros específicos, garantindo que damos o nosso contributo para a agilidade e celeridade do tempo que vai desde o registo até à regularização e pagamento das indemnizações. A nossa prioridade máxima é que os clientes voltem à sua vida normal no mais curto espaço de tempo”, adiantou Rosário Lima.
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