O número de reclamações no setor automóvel aumentou entre janeiro e outubro deste ano 48,3%, em comparação com o período homólogo do ano passado.
Os dados são de um relatório do Portal da Queixa, que refere ainda que em relação ao mesmo período de 2021, este aumento é de 44%.
O principal motivo para as reclamações diz respeito ao sistema de antipoluição (AdBlue). “O problema está concentrado principalmente na marca Peugeot, responsável por 49% das reclamações sobre este tema”, lê-se na análise, que indica ainda que os modelos com mais queixas relacionadas com este sistema foram o Peugeot 308, Peugeot 3008, Peugeot 5008 e Peugeot 2008.
“Os dados indicam que este foi um motivo que cresceu 26.4% em relação ao período homólogo de 2022”, nota ainda o relatório.
Ainda segundo análise, que contou com 31 marcas de automóveis analisadas, as marcas Peugeot, Renault, Dacia e Citroën foram as que registaram o maior volume de queixas em 2023.
“O maior crescimento em relação a 2022 foi do Renault Clio, com um aumento de 650% no número de reclamações. Na sequência, estão dois modelos da Dacia, Duster (400%) e Sandero (250%)”, detalham.
Elétricos e Híbridos vs. Carros a combustão
O relatório dá ainda conta das diferenças nas reclamações em relação a carros elétricos e híbridos ou a combustão. Segundo a análise, o número de reclamações relacionadas com veículos elétricos e híbridos “está a aumentar a grande velocidade”.
No período analisado, as queixas publicadas registaram um aumento de 84%, comparativamente a 2022. No ano passado uma em cada 13 reclamações publicadas era referente a veículos elétricos ou híbridos. “Este ano, passou para uma em cada 10 queixas. A Renault, Peugeot e Hyundai são as marcas que apresentam o maior número de reclamações no enquadramento de veículos elétricos e híbridos”, distinguem.
Já quanto ao perfil de quem reclama, a análise indica que a maioria (70%) são homens “A média geral de idade é de 47.3 anos, havendo predomínio na faixa dos 45 a 54 anos e 35 a 44 anos”, descrevem, acrescentando que Lisboa, Porto e Setúbal são os distritos onde mais se reclama contra o setor automóvel.
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