Foi esta sexta-feira 24 de novembro confirmada a realização do Grande Prémio de Portugal de MotoGP em 2024. O regresso dos melhores pilotos do mundo do motociclismo de velocidade foi oficializado num evento que decorreu no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), o circuito que de 22 a 24 de março do próximo ano volta então a ser o cenário para um Grande Prémio.
Durante o evento que serviu de confirmação e apresentação do Grande Prémio de Portugal de MotoGP, tanto o CEO da empresa Parkalgar, Paulo Pinheiro, como o piloto português Miguel Oliveira (RNF Aprilia), reagiram a esta oficialização e concederam algumas declarações à imprensa.
Para Paulo Pinheiro, que tem a seu cargo a gestão dos destinos do Autódromo Internacional do Algarve e que se tornou na face mais visível de uma extensa equipa que tem trabalhado para manter o MotoGP em Portugal (para além de outros campeonatos de duas e quatro rodas), este não podia ser um dia mais especial depois de superados muitos desafios:
“Não, não foi fácil. Foi um desafio para todas as entidades envolvidas. Município de Portimão, outros municípios limítrofes e para o Turismo do Algarve, e uma palavra de agradecimento ao Jorge Viegas (presidente da FIM) que teve um papel fundamental neste processo todo, e conseguimos juntamente com a Dorna manter o por mais um ano o MotoGP a correr em Portugal”, começou por referir o administrador do AIA.
Porém, este é, mais uma vez, um acordo válido apenas por uma temporada. O MotoGP em Portugal continua sem estar garantido por mais do que um ano de cada vez.
Uma situação que Jorge Viegas já tinha criticado quando antecipou a oficialização do Grande Prémio de Portugal de MotoGP em 2024, e que merece também uma atenção especial por parte de Paulo Pinheiro:
“Sim, aquilo em que nós estamos a trabalhar a partir deste momento é que as provas de 2025, 2026 e 2027 fiquem desde já contratualizadas, para que toda uma série de investimentos, de infraestruturas, de segurança da pista, em termos de modernização de infraestruturas, possa ser feito de uma forma programa, estruturada, porque é assim que se deve trabalhar. Não é todos os anos estarmos com aquela dúvida existencial se conseguimos ou não conseguimos”.
A próxima visita do MotoGP, ou do Mundial de Velocidade, pois também teremos corridas de Moto2 e Moto3, vai também significar uma estreia absoluta no traçado algarvio.
A acompanhar as motos equipadas com motor a combustão, teremos também em pista os protótipos elétricos da Ducati que integram, em exclusivo, o Campeonato do Mundo FIM MotoE dedicado às motos elétricas.
A primeira visita das MotoE ao Autódromo Internacional do Algarve irá obrigada a novidades nas infraestruturas, conforme confirma Paulo Pinheiro:
“Sim, as MotoE pela sua especificidade técnica que tem em termos de carregamento dessas motos, vai implicar mais uma obra de alguma dimensão na parte elétrica, porque nós usamos a energia dos painéis solares para carregar as motos, que só assim faz sentido, como é óbvio. E isso implica que em termos de infraestrutura haja aqui um bocadinho mais trabalho, mas é uma melhoria de infraestrutura, uma capacitação maior para este tipo de eventos. Vamos ser o único circuito que vai ter esse sistema, que é toda a energia que a MotoE vai gastar vai ser exclusivamente produzida pelos painéis solares, com uma alimentação dedicada”.
Em paralelo, e estando presente hoje no AIA devido a não participar nas atividades de MotoGP em Valência este fim de semana devido a lesão, Miguel Oliveira mostra estar também satisfeito com esta confirmação.
O piloto português destaca que “É o único Grande Prémio onde eu posso correr em casa, e naturalmente, sendo o único português, dá sempre aquela sensação especial e motivação extra para fazer um bom resultado aqui. Já ganhei no passado, mas já tive mais Grandes Prémios para me esquecer do que para me lembrar aqui em Portimão, portanto espero que o de 2024 seja para me lembrar por bons motivos. Tem sido um trabalho, como foi aqui enfatizado, difícil para ter aqui o Grande Prémio apesar do retorno óbvio que dá ao País e à região do Algarve. Por isso só tenho palavras de agradecimento a todas as entidades e a toda a equipa do autódromo e Paulo Pinheiro pelo esforço todo que tem feito para manter aqui a prova do MotoGP. Para nós pilotos é um prazer vir competir aqui a Portimão, e para mim especialmente espero que a prova de 2024 seja bem-sucedida”, começou por referir Miguel Oliveira.
Conhecido como a “montanha russa” algarvia, o Autódromo Internacional do Algarve continua a ser um dos traçados mais desafiantes em termos de pilotagem.
Mesmo os melhores pilotos do mundo do motociclismo de velocidade continuam a encontrar desafios novos a cada visita, e Miguel Oliveira realça precisamente esse nível de dificuldade adicional do AIA que o torna tão apetecível para os pilotos da categoria rainha:
“É desafiante, dos circuitos mais difíceis que temos. Tecnicamente é difícil fazer um setup normal à moto, é um circuito onde o piloto conta bastante e, portanto, podemos dizer que é daqueles circuitos ainda à moda antiga onde precisamos de arriscar muito, ter uma condução muito precisa para sermos competitivos durante as 24 voltas que fazemos aqui na corrida. Por isso continua a ser dos circuitos mais desafiantes do calendário”.
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