A União Europeia quer restringir os motores a combustão e já definiu a meta: a partir de 2035 só será possível comercializar veículos que produzam 0% de emissões. Isto pressupõe que os elétricos cresçam exponencialmente, certo? Talvez não.
Akio Toyoda, presidente da Toyota, não acredita que os veículos 100% elétricos se tornem a grande fatia do mercado e explica porquê.
“Por mais progressos que se façam nos elétricos, penso que terão apenas cerca de 30% da quota de mercado global. Os restantes 70% serão híbridos, elétricos com pilha de combustível (fuel cell) e motores a hidrogénio”, afirmou numa palestra sobre o Toyota Production System
“Os veículos equipados com motor de combustão continuarão sempre a existir”, acrescentou ainda.
Toyoda vincou, uma vez mais, que o grande interesse não devem ser os elétricos em exclusivo, mas sim combater “o inimigo que é o CO2”.
“A Toyota é uma empresa global e um construtor de automóveis com uma gama muito abrangente em diversos mercados. Há quase mil milhões de pessoas em todo o mundo que vivem em zonas sem eletricidade e a Toyota também fornece veículos a essas zonas. É por isso que estamos a tentar ter uma variedade de opções”, sublinhou o homem forte da marca japonesa.