Em comunicado enviado à Bolsa de Valores de Hong Kong, onde está cotada, a empresa atribuiu este valor ao “rápido crescimento” no setor elétrico, onde a BYD atingiu um novo recorde de vendas e destronou a norte-americana Tesla como a maior vendedora mundial de elétricos no último trimestre.
“Apesar de a concorrência cada vez mais feroz no setor, a empresa alcançou melhorias significativas na rentabilidade e demonstrou uma forte resiliência através das suas melhorias contínuas na força da marca, do rápido crescimento do volume de vendas no estrangeiro, do aumento constante da vantagem de escala e da forte capacidade de controlo dos custos na cadeia industrial”, referiu a BYD.
Estes números são uma estimativa provisória e a BYD vai publicar os resultados para o exercício financeiro de 2023 no final de março.
Tomando estas estimativas como referência, alguns analistas defenderam que os resultados do quarto trimestre da BYD deveriam ser um pouco melhores, o que fez com que as ações da empresa caíssem hoje 5,48% durante a parte da manhã da sessão da bolsa de Hong Kong.
Atualmente, dois em cada cinco veículos vendidos na China são elétricos, representando estas vendas 60% do total mundial.
Segundo estimativas do banco suíço UBS, até 2030, três em cada cinco veículos novos vendidos no país asiático serão movidos a baterias e não a combustíveis fósseis.
A BYD indicou recentemente que as vendas de todos os seus automóveis aumentaram quase 62% em termos anuais até 2023, para mais de três milhões de unidades.
Em meados de 2022, o fabricante de automóveis suspendeu a produção dos seus atuais modelos com motor de combustão para se concentrar inteiramente naquilo que é conhecido na China como veículos de nova energia.
Para além da sua presença na China, a BYD tem vindo a investir fortemente na América Latina há anos, onde confirmou recentemente um acordo para a construção de um complexo de três fábricas no Brasil, estando também presente no mercado português.