Finalizado o segundo e decisivo teste de MotoGP a contar para a pré-temporada 2024 da categoria rainha, Miguel Oliveira (Trackhouse Racing) fechou também a sua preparação em pista com a nova moto de Noale em tom bastante mais positivo do que nas sessões anteriores, quer no circuito de Losail, quer também no circuito de Sepang há umas semanas.
O piloto português marcou presença no traçado de Losail para prosseguir com a preparação da nova temporada de MotoGP. Aos comandos da Aprilia RS-GP24 preparada pela Trackhouse Racing, Miguel Oliveira finalmente encontrou uma forma de rodar mais rápido e aproximar-se significativamente dos tempos mais competitivos registados no segundo dia do teste do Qatar.
Aos comandos da sua Aprilia RS-GP24 e continuando a experimentar diversas soluções técnicas para que consiga sentir-se mais “conectado” à moto italiana, e assim conseguir subir de patamar em termos de competitividade, Miguel Oliveira registou o 12º tempo e ficou a pouco mais de oito décimas de diferença do mais veloz em pista, o italiano Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team).
O derradeiro dia de trabalho do piloto da Trackhouse Racing voltou a incluir diversas configurações aerodinâmicas na Aprilia RS-GP24, que se revelaram particularmente eficazes ao nível do denominado “time attack”.
Finalizando o teste do Qatar em tom positivo, Miguel Oliveira mostra-se, claro, mais satisfeito, ainda que as boas sensações que obteve ao pilotar a moto italiana tenham surgido demasiado tarde e impedido melhorias ainda mais significativas:
“Foi um dia melhor. Não estou totalmente satisfeito, mas pelo menos pudemos dar um bom passo em frente. É pena que tenhamos chegado a um bom feeling demasiado tarde. Foram quatro dias com a mesma má sensação na moto, e hoje, com uma moto ligeiramente diferente, finalmente pude dar alguns passos e ser competitivo. Não consegui aproveitar ao máximo toda a moto porque os pontos de travagem, a forma de pilotar, se tivermos uma boa moto dia a dia, podemos afinar esses pontos. Também durante o dia estávamos a ganhar uma boa velocidade, depois perdemos algum tempo com uma moto, mas depois com os time attacks tudo funcionou mais ou menos OK”.
Entrando numa análise mais técnica ao que aconteceu para hoje ter conseguido melhorar de forma tão notória o seu ritmo em pista, Miguel Oliveira esclarece que “Sim, é por isso (por causa das afinações) que é frustrante. A moto é a mesma, apenas mudámos um pouco a afinação. Na realidade foi uma mudança simples de fazer, mas que me deu uma sensação muito melhor. É frustrante, se tivesse feito 1m52s ontem, hoje poderia ter feito ainda melhor do que 1m51.8s. A posição de 12º não me deixa demasiado entusiasmado, mas, colocando em perspetiva, é melhor do que ser 21º”, referiu o piloto português da Trackhouse Racing.
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