A escolha de um carro pode tornar-se num ‘pesadelo’ em diferentes frentes, uma vez que é preciso considerar preços, quilómetros percorridos, em que tipo de ambientes se vai conduzir ou mesmo algo que, à partida, pode parecer mais superficial… mas não é: as cores do veiculo.
Se, por um lado, é uma questão de gosto pessoal, este critério pode também ser uma forma de ‘baixar’ o preço do novo automóvel – é que, por norma, as pinturas mais neutras são mais baratas e também as que causam uma menor diminuição do preço de revenda do automóvel, de acordo com uma análise feita pelo site Auto Doc Club.
Que funções têm as respetivas cores?
Para além da estética, a cor de cada automóvel tem impacto também em relação aos fatores externos – já que o exterior do carro fica sujeito a imensos fatores ambientais, entre os quais a exposição a água, sais, ácidos, poeira, colisões com cascalho, radiação UV ou variações de temperatura.
Regra geral, a pintura é composta por cinco camadas: pré-tratamento, primário anticorrosivo, primário aparelho, acabamento base e verniz de acabamento.
Mas como escolher a melhor cor?
A cor do automóvel deverá ser considerada em vários aspetos, nomeadamente, nos preços de compra e de revenda, na segurança na condução, na visibilidade de sujidade e danos e também no aquecimento do habitáculo.
A Auto Doc Club explica:
Preço de compra
O preço de um automóvel pode alterar-se consoante a pintura e, por noema, os fabricantes oferecem cores-padrão, como o preto. “Optar por uma destas não acarreta custos adicionais. Além disso, há habitualmente uma paleta alargada de tons e cores, por exemplo, metalizadas. Estas são por norma mais dispendiosas e podem encarecer o preço final em mais de dois mil euros”, escreve o site.
Preço de revenda
Quanto ao preço de revenda, é importante destacar que a cor pode influenciar este negócio. Segundo o site do setor, as cores neutras – como o cinzento ou o preto – são as que alcançam um maior preço de revenda. Pinturas mais extravagantes, como o verde fluorescente ou lilás, reduzem, por outro lado, as hipóteses de conseguir um negócio tão bom.
Segurança na condução
A pintura torna um veículo mais ou menos visível, podendo vir a ter influência, por exemplo, na ocorrência de acidentes – uma vez que as cores mais claras refletem a luz, e, por isso, são mais visíveis à noite. “Estudos indicam que por estes motivos carros brancos oferecem maior visibilidade e segurança do que carros escuros”, lê-se ainda.
Visibilidade de sujidade e danos
“A pintura pode conferir maior ou menor visibilidade a danos ou a sujidade, o que pode ter influência sobre o preço de revenda e relativamente ao conforto durante a condução do veículo. Tendencialmente, o cinzento e o prateado salientam menos riscos e sujidade”, explicam os especialistas, adiantando ainda que cores como castanho, verde e azul escuro também dissimulam relativamente bem os danos ou a sujidade. Já cores como o azul claro, branco, preto ou vermelho tornam mais difícil ‘esconder’ esta sujidade ou danos – para além de que a última cor, o vermelho, tem mais tendência para desbotar com o passar do tempo.
Aquecimento do habitáculo
Em questão de conforto quanto entra num carro estacionado ao sol, também é preciso fazer consideração. Para uma melhor experiência, o melhor é escolher cores claras, já que refletem mais radiação do que pinturas escuras ,proporcionando assim um menor aquecimento. Por seu lado, cores mais escuras vão fazer com que sinta mais calor.
E qual é a cor do carro favorita?
A cor que mais agrada aos europeus tem vindo a mudar ao longo das décadas e, segundo a Auto Doc Club, começou por, nos anos 80, ser o branco, encarnado e o cinzento. Já na década seguinte, as pessoas que viviam na Europa começaram a escolher mais o azul, prateado e vermelho. O preto foi o favorito na virada do milénio. Atualmente, e desde o início desta década, a maioria dos automóveis vendidos na Europa é branco (30%), seguindo-se as cores cinzentas e preta, com 20% e prateada, com 10%.
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