A Tesla poderá enfrentar uma ação coletiva por preconceito racial movida por quase 6.000 trabalhadores negros dos Estados Unidos.
Segundo avança a Reuters, um juiz da Califórnia decidiu, provisoriamente, que milhares de trabalhadores negros da fábrica podem avançar com um processo, face à alegada falha da empresa em lidar com a discriminação racial e assédio na sua fábrica em Fremont.
A agência escreve que, numa ordem emitida na quarta-feira, o juiz Noel Wise, do Tribunal Superior da Califórnia, apontou que uma ação judicial interposta apresenta questões comuns a todos os trabalhadores negros da fábrica, uma vez que a Tesla tinha conhecimento da alegada má conduta, recusando-se a tomar medidas para a evitar.
O autor desta ação é Marcus Vaughn, ex-trabalhador da linha de montagem, que processou a Tesla pela primeira vez em 2017, alegando que os trabalhadores negros da fábrica foram submetidos a uma série de condutas racistas.
Lawrence Organ, advogado de Vaughn, disse que estava “animado” com a decisão e esperava desenvolver um plano para um julgamento. “Penso que as numerosas queixas ao longo do tempo mostram como a Tesla não conseguiu evitar o assédio racial dos seus empregados negros”, afirmou Organ, citado pela Reuters.
A decisão provisória vem antes de uma audiência marcada para sexta-feira, onde a Tesla pode contestar a decisão do juiz.
A Reuters nota que esta decisão representa um duro golpe para a empresa, uma vez que esta pode vir a enfrentar um julgamento multimilionário.
Contudo, ao longo dos últimos anos, note-se, vários trabalhadores se têm queixado de discriminação racial, sobretudo na sua fábrica em Fremont.
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