A preocupação ambiental é cada vez mais forte entre os responsáveis dos principais eventos desportivos motorizados a nível mundial, e o próximo Grande Prémio de Portugal de MotoGP, a disputar de 22 a 24 de março no Autódromo Internacional do Algarve (AIA) é mais um bom exemplo deste tipo de pensamento ecológico de um evento que, em 2023, teve um impacto direto de 45 milhões de euros na economia local, e por isso sendo fundamental a sua continuidade no futuro.
O traçado algarvio tem por isso a vontade de assumir um papel de excelência relativamente à realização de eventos mais ecológicos, e por isso vai trabalhar de forma a garantir a certificação ISO 20121.
Com reconhecimento a nível global também no que às boas práticas da sustentabilidade ambiental diz respeito, o Autódromo Internacional do Algarve vai continuar a promover essas mesmas ações e medidas de forma a atingir um nível de sustentabilidade superior em mais áreas de intervenção no decorrer da prova do Mundial de Velocidade.
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Este será mais um passo no caminho para vir a ser certificado de acordo com a norma ISO 20121.
“O Autódromo Internacional do Algarve tem seguido nos últimos anos práticas de sustentabilidade que são já reconhecidas e conhecidas. Somos totalmente independentes em termos de energia elétrica, que é obtida totalmente a partir de fontes renováveis e, além disso, fruto da nossa parceria com a Repsol, utilizamos já combustível com elevada percentagem de composto sintético. Temos também um programa de aproveitamento das águas residuais e pluviais e recolha de óleos implementado e agora, com esta colaboração junto de uma empresa certificadora com provas dadas no mercado, iremos poder ter a evidência dos resultados de todo esse esforço. Queremos não só ser o melhor e mais sustentável Grande Prémio do campeonato, mas também dar continuidade e aumentar ainda mais as nossas práticas nesta área”, refere Paulo Pinheiro, o CEO da Parkalgar, entidade gestora dos destinos do circuito.
Para atingir os parâmetros de excelência, o AIA irá colocar em prática durante o Grande Prémio de Portugal de MotoGP uma série de 12 medidas ambientais – que serão auditadas – tanto no interior como no exterior do circuito, das quais podemos destacar as seguintes:
– Utilização de painéis solares adicionais para fornecer energia ao Media Centre. Esta energia é proveniente de painéis solares capazes de gerar até 250Kw de energia e ainda 1Mw de energia proveniente de novos painéis solares no telhado.
– Utilização obrigatória de scooters elétricas no paddock
– Utilização de combustível sintético nos veículos de apoio e também nos geradores necessários a alimentar diversas zonas do circuito
– Doação de alimentos não utilizados, que, no final do Grande Prémio de Portugal serão recolhidos por empresas externas e doados à comunidade local mais necessitada a par com iniciativas solidárias já negociadas, minimizando assim o desperdício alimentar
– Controlo e redução do consumo de água no paddock, aproveitando a água residual e reciclada para, por exemplo, rega das zonas verdes no Autódromo Internacional do Algarve
– Reciclagem de pneus usados
Com vista à implementação de todas as medidas necessárias à obtenção da certificação ISO 20121, foi estabelecida uma parceria com a SIA – Sociedade Inovação Ambiental, uma das poucas organizações certificadas para o poder fazer no nosso país.
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Este “forcing” para adoção de iniciativas mais amigas do ambiente será também feito bem no “coração” da denominada Cidade do MotoGP, ou seja, o paddock.
Neste espaço que, conforme já aqui referimos, deverá ser local de passagem de nada menos do que mais de 7000 pessoas ao longo do Grande Prémio de Portugal, apenas serão utilizadas scooters elétricas. Até agora era uma opção que cabia a cada equipa e à organização do campeonato, mas a partir do Grande Prémio de Portugal apenas podem ser utilizadas scooters elétricas no paddock.
Ao todo serão utilizadas no próximo fim de semana no AIA três dezenas de scooters elétricas que serão utilizadas pelo ‘staff’ do promotor ao longo da sua permanência no circuito.
Também do lado de fora do circuito algarvio serão tomadas formas de combate para minimizar o impacto do evento no meio ambiente.
Neste caso estamos a falar do sistema de transporte público que será disponibilizado aos fãs que vão ter de se deslocar para o circuito, e também no circuito. A partir de Portimão estarão a trabalhar 45 autocarros denominados de “emissões reduzidas”, que utilizam combustíveis renováveis (tal como todos os veículos de apoio usados no Grande Prémio de Portugal.
Já no circuito, e como forma de facilitar a movimentação do público para as 8 bancadas, outros quatro autocarros 100% elétricos vão circular em torno do AIA fazendo paragens obrigatórias em todas as portas para acesso às bancadas.
Por tudo isto, podemos definir o Grande Prémio de Portugal de 2024 de MotoGP como sendo a prova mais sustentável de sempre!
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