Moto BP Ultimate Rally-Raid Portugal – A antevisão dos pilotos portugueses

BP Ultimate Rally-Raid Portugal – A antevisão dos pilotos portugueses


Estamos a poucas horas do início da primeira edição do BP Ultimate Rally-Raid Portugal, a ronda portuguesa que será a terceira no calendário da temporada 2024 do Campeonato do Mundo de Rally-Raid.

Conforme a Revista Motojornal já aqui publicou em maior detalhe e com programa da prova que começa a 3 de abril e apenas termina a 7 de abril, tendo o centro nevrálgico em Grândola, o BP Ultimate Rally-Raid Portugal vai contar com a presença de diversos pilotos portugueses.

Agora que se vislumbra o “tiro de partida” para esta prova, os pilotos portugueses já fizeram a sua antevisão do que serão os próximos dias, e o que esperam conseguir em termos de resultados finais.

Por isso, deixamos de seguida as declarações dos pilotos portugueses antes do arranque.

António Maio (Yamaha)

“É muito entusiasmante receber em Portugal uma prova do Campeonato do Mundo de Rally-Raid. Estou muito expectante para perceber como vai ser o desenrolar desta prova uma vez que estamos a competir em terreno nacional. Vamos medir forças com pilotos contra os quais competimos noutro tipo de terreno, mais aberto, e agora estamos no nosso piso. Choveu bastante nos últimos dias e os troços estão um pouco degradados devido à água e à lama o que pode dificultar a nossa vida. Ontem e hoje foram dias dedicados às verificações e fizemos ainda um teste à mota. Agora estamos a postos para iniciar a corrida. Os objetivos são difíceis de calcular, mas vou tentar fazer o que tenho vindo a fazer nos campeonatos nacionais e andar rápido. São etapas mais curtas que no Dakar, e por isso não são tão exigentes a nível físico e mecânico e vou tentar tirar partida da minha experiência neste tipo de terreno. Estão aqui os pilotos do Top 20 do Dakar e por isso o meu objetivo é fazer etapas com alguma visibilidade e se conseguir entrar no Top 10 será fantástico”.

Bruno Santos (Husqvarna)

“Já passámos pelas verificações técnicas e administrativas. Já tivemos também oportunidade de fazer um pequeno shakedown. É preciso afinar somente alguns detalhes porque depois de andarmos com uma moto mais pequena, vamos nesta prova com uma maior, de rally. Amanhã já temos o prólogo pela frente e a primeira especial. Sinto-me bem e preparado. Estou muito ansioso para que comece a corrida, para começar a rodar e perceber como está o nosso nível, se vamos conseguir estar à altura perante este leque de grandes pilotos nacionais e internacionais. O paddock está muito bonito. O ACP está de parabéns. Tem aqui reunido muitas equipas, teve uma grande adesão tanto em moto como em auto. É uma grande oportunidade para os portugueses poderem ver de perto uma corrida tão boa, com grandes pilotos. O nível aqui é bem mais elevado. Gostava muito de fazer um bom resultado dentro da categoria Rally 2, vou dar o meu melhor para tentar chegar ao pódio desta classe. Estão nesta categoria muito pilotos profissionais, que se dedicam a isto todo o ano e que têm estado a fazer o Campeonato do Mundo. A minha situação não é bem essa, mas estou aqui a jogar num terreno relativamente familiar, estou habituado a correr em Portugal, a apanhar estes terrenos com muita água, poças grandes e espero apanhar os outros pilotos de surpresa e tentar levar daqui um bom resultado. A navegação também pode trazer alguns desafios, algumas complicações, porque provavelmente haverá muitas notas, muitas entradas, muitas opções nos caminhos. Após ter vencido o Campeonato Nacional de Rally Raid por duas vezes, agora estou ansioso por perceber como vai correr junto destes pilotos internacionais. Vamos tentar dar luta e tentar andar na frente com eles”.

Martim Ventura (KTM)

“Este Rally-Raid vai ser uma novidade para mim e vai ser a minha estreia em corridas internacionais. É um orgulho partilhar as pistas com os grandes pilotos do Dakar e do Campeonato Mundial de Rally-Raid. É uma prova que permite uma adaptação mais fácil por ser realizada em Portugal e acredito que vai ser bem disputada. Quero apelar ao público português para ir para os percursos apoiar os pilotos nacionais porque vai ser de facto uma grande festa. Estou muito feliz por iniciar nesta corrida a minha experiência internacional e espero que seja o começo de uma longa carreira nos ralis internacionais”.

Salvador Amaral (Honda)

“Decidimos participar nesta prova porque é uma competição com a chancela do ACP, realizada aqui em Portugal. Acabamos por ter mais facilidade em participar na prova, até pela logística a que obedece, mais simplificada. Temos também o sonho de vir a participar no Rali Dakar. Essa é a nossa grande ambição e ara isso é preciso começar por algum lado. Cá estamos nós. Estamos a estrear-nos na navegação, queremos acima de tudo terminar todas as etapas, aprender todos os dias, tentar perceber como funciona este tipo de corrida que é completamente diferente do que estamos habituados. Queremos acima de tudo chegar ao fim, sem penalizações, seguros e acima de tudo divertirmo-nos. Vamos ser brindados por estas pistas belíssimas com partida em Grândola e que percorrem parte do nosso país. Temos noção que estão reunidas as condições para que esta seja uma grande prova”.

Gonçalo Amaral (Honda)

“A chave aqui é aprender. Nunca fizemos corridas de navegação e, por isso queremos ver como corre. Temos ambições de um dia fazer o grande Dakar, o sonho de qualquer piloto. Sabemos que estão aqui reunidos alguns dos melhores pilotos da modalidade até a nível internacional e a fasquia está elevada. No fundo esta prova será um teste para ganhar experiência em navegação. Estamos na expectativa e bem ansiosos para que comece”.

Refira-se que para além destes portugueses, a “armada” lusa estará ainda em ação com a presença de Pedro Bianchi Prata. Aguardamos as palavras de antevisão do veterano piloto português.

Por outro lado, Rui Gonçalves (Sherco), infelizmente não se encontra ainda em condições físicas para competir. O piloto português continua a recuperar das lesões sofridas no Rali Dakar na Arábia Saudita, e mesmo já estando de regresso às motos, não pode ainda competir e arriscar estragar todo o trabalho de recuperação realizado até agora.

Sobre a decisão de não competir na BP Ultimate Rally-Raid Portugal, Rui Gonçalves partilhou nas suas redes sociais a seguinte mensagem:

“Olá a todos, com muita pena minha não irei participar na prova do campeonato do mundo em casa Rally-Raid Portugal. Juntamente com a equipa Sherco Racing Factory decidimos não alinhar nesta prova por não estar ainda a 100%. A minha recuperação está a correr bem e o trabalho tem sido intenso e progressivo diariamente, após dois meses voltei aos treinos com moto e em breve estarei de novo com o ritmo/forma que planeámos. Têm sido imensas as mensagens de apoio às quais eu quero agradecer, vocês são incríveis! Obrigado”.

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