Moto MotoGP 2024 Espanha – Miguel Oliveira qualifica em 14º e Marc Márquez na “pole”

MotoGP 2024 Espanha – Miguel Oliveira qualifica em 14º e Marc Márquez na “pole”


Ao segundo dia do Grande Prémio de Espanha de MotoGP as condições de aderência do asfalto do circuito Jerez Ángel Nieto alteraram radicalmente. Tudo porque o céu azul e sol deram lugar a nuvens cinzentas e muita chuva, o que obrigou os pilotos da categoria rainha a recorrerem aos seus talentos para controlar os protótipos com piso molhado. Neste tipo de condições sabemos que Miguel Oliveira (Trackhouse Racing) costuma sobressair, e por isso o acesso à Qualificação 2 estava em “cima da mesa”.

E de facto o piloto português e a sua Aprilia RS-GP24 #88 não quiseram deixar de se destacar durante a Qualificação 1, sessão de qualificação que permitiu definir os dois pilotos que passavam então à desejada Q2 de MotoGP.

Miguel Oliveira, que já tinha estado em bom plano no segundo treino livre disputado esta manhã de sábado de GP de Espanha, não perdeu tempo para se posicionar entre os pilotos mais velozes da Q1 de MotoGP.

Com todos os pilotos a serem obrigados a optar por pneus de chuva da Michelin, e com todos s escolherem então uma combinação de composto médio / macio, o piloto da Trackhouse Racing assumiu por momentos a 5ª posição na tabela de tempos, descendo depois um pouco assim que alguns pilotos completaram as suas primeiras voltas rápidas.

Com o asfalto do traçado espanhol a melhorar, apresentando algumas zonas mais “secas”, mas ainda com outras zonas críticas, como na curva 13, bastante molhadas, era preciso controlar na perfeição o acelerador para evitar o derrapar da traseira e perder tempo.

Miguel Oliveira continuou a Q1 sempre a melhorar o seu registo pessoal. Subiu a 3º posicionando-se muito perto do 2º, o seu companheiro de equipa Raul Fernandez, quando estávamos já dentro dos sete minutos finais, e numa altura em que Brad Binder (Red Bull KTM Factory) estava no topo.

Com três minutos para o fim da Q1 de MotoGP, e com o piso cada vez melhor, Miguel Oliveira desferiu o que era o seu melhor ataque ao cronómetro, registando a sua melhor volta em 1m48.418s, assumindo então a três minutos do fim a primeira posição da tabela de tempos. A passagem à Q2 estava então ao alcance.

Porém, Franco Morbidelli (Prima Pramac Ducati) não estava interessado em deixar o português da Trackhouse Racing ficar com essa posição e com uma volta em 1m47.887s destronou Miguel Oliveira para segundo.

E depois seria a vez de Brad Binder também fazer melhor do que o português, ocupando a segunda posição e formando assim a dupla de pilotos, juntamente com Morbidelli, que passaram à Q2 neste Grande Prémio de Espanha.

Enquanto isso, Miguel Oliveira estava então com esperança de não perder mais nenhuma posição nesta Q1, mas Johann Zarco (Castrol Honda LCR) não tinha terminado ainda a sua derradeira volta rápida, com o francês a conseguir mesmo relegar Miguel Oliveira para a 4ª posição nesta primeira qualificação, posição que seria a final, e com isso teremos o piloto luso a arrancar para as corridas do Grande Prémio de Espanha da 14ª posição na grelha de partida.

Já na decisiva Q2 de MotoGP tivemos então em ação os doze mais rápidos, que discutiram as melhores posições na grelha de partida.

Com a chuva a parar e com isso o asfalto do circuito Jerez Ángel Nieto a apresentar-se cada vez melhor, seria uma questão de perceber qual o piloto que melhor conseguiria entender as condições do piso para “sacar” o melhor da sua moto.

Brad Binder, ainda “quente” do que tinha feito momentos antes, começou por liderar a tabela de tempos da Q2 com uma volta em 1m47.807s, mas já com Marc Márquez (Gresini Racing) a posicionar-se logo atrás e com Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) a não querer perder o ritmo dos mais rápidos e a ocupar então a terceira posição na tabela de tempos.

Enquanto isso, Pedro Acosta (Red Bull GasGas Tech3) optou por uma estratégia um pouco diferente dos restantes pilotos de MotoGP, entrando mais cedo na box para trocar de pneus de chuva. O “rookie” espanhol optou por montar pneu traseiro de composto médio, e quando os restantes estavam a entrar na box, já o jovem espanhol estava a reentrar em pista para a segunda saída.

E foi da box que os rivais puderam ver Pedro Acosta a fazer uma primeira volta rápida na segunda saída que lhe daria a primeira posição.

“El Tiburon” levou a sua GasGas RC16 ao limite, aproveitando o asfalto um pouco mais seco, e tinha excelentes parciais até chegar à curva 13. Já bem no interior da derradeira curva do circuito espanhol, Acosta acabou por perder a frente da sua moto, ainda tentou aguentar com o cotovelo, mas acabou por deslizar pelo asfalto terminando na gravilha da escapatória.

Não perdeu muito tempo aí, regressou à pista com a sua moto apresentando alguns danos, e prosseguiu a sua qualificação até à bandeira de xadrez. Mas a sua oportunidade tinha “passado”, e Acosta viria a fechar a Q2 em 10º.

Com tudo isto, os pilotos mais experientes do plantel de MotoGP regressaram à pista para as suas tentativas finais.

A menos de 3 minutos do fim da Q2, Marco Bezzecchi (Pertamina Enduro VR46), e para felicidade de Valentino Rossi que este fim de semana de Grande Prémio de Espanha está na box da sua equipa, decidiu parar o cronómetro em 1m47.044s, o que deu ao italiano a primeira posição da tabela de tempos.

Logo depois era Jorge Martin a colocar a sua Ducati em segundo com uma volta em 1m47.381s.

Mas as posições ainda não estavam definidas, pois com algum tempo a faltar para a bandeira de xadrez, Marc Márquez e a sua Ducati Desmosedici GP23 estavam decididos a regressar ao topo da tabela de tempos.

O oito vezes campeão do mundo de velocidade conseguiu fazer uma volta em 1m46.773s, o que lhe permitiu ascender à primeira posição a menos de dois minutos do fim da Q2. Marc ainda tentou puxar por mais uma tentativa, mas uma derrapagem na curva 1, em que conseguiu salvar a queda, deu por terminada a sua qualificação.

Ainda assim, Marc Márquez não viria a ser destronado, conquistando então a sua primeira “pole position” com a Ducati. Esta foi a 93ª “pole” do espanhol que utiliza o #93, e a primeira desde o Grande Prémio de Portugal em 2023. Vai partilhar a primeira linha da grelha de partida com Bezzecchi e com Martin.

A única moto capaz de impedir o domínio total das oito motos da Ducati nesta qualificação de MotoGP do Grande Prémio de Espanha foi a KTM de Brad Binder, que se qualificou em 4º. Assim, temos oito motos de Borgo Panigale nas nove primeiras posições da grelha de partida. Uma demonstração do poderio da Ducati aqui em Espanha.

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Resultados da Qualificação de MotoGP do Grande Prémio de Espanha

1 – Marc Márquez (Gresini Racing) 1m46.773s

2 – Marco Bezzecchi (Pertamina Enduro VR46) 1m47.044s

3 – Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) 1m47.381s

4 – Brad Binder (Red Bull KTM Factory) 1m47.730s

5 – Fabio di Giannantonio (Pertamina Enduro VR46) 1m47.778s

6 – Alex Márquez (Gresini Racing) 1m47.840s

7 – Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team) 1m47.962s

8 – Franco Morbidelli (Prima Pramac Ducati) 1m48.116s

9 – Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team) 1m48.362s

10 – Pedro Acosta (Red Bull GasGas Tech3) 1m48.528s

14 – Miguel Oliveira (Trackhouse Racing) 1m48.418s

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