Questionado pela agência Lusa relativamente aos constrangimentos que têm vindo a ser noticiados na capacidade de resposta dos serviços e no ‘site’ do instituto, o IMT salientou a aposta que está a fazer na “capacitação em termos de recursos humanos e tecnológicos” de forma a “garantir a eficiência e a qualidade dos serviços prestados”.
Assim, do ponto de vista dos recursos humanos, avançou estar “a trabalhar no reforço na ordem das 100 pessoas, quer via qualificação interna, quer via concursos públicos e mobilidades dentro da Administração Pública”.
“Até ao final de junho, teremos mais 24 trabalhadores provenientes de concurso interno com a formação de examinador de condução concluída, o que, somando aos atuais 63 trabalhadores do IMT que desempenham essas funções, contribuirá efetivamente para a redução dos tempos de espera dos exames de condução”, detalhou.
Segundo salientou, este indicador “já melhorou este ano em 10 dias face ao 2023, situando-se agora em 42 dias, em média”.
Adicionalmente, o IMT diz estar, atualmente, “a aumentar a capacidade de resposta às solicitações da indústria transformadora de veículos”, com a entrada de oito engenheiros para a área da homologação de veículos e quatro para a área da fiscalização, que iniciarão funções no início de julho na sequência de concurso externo.
Por outro lado, ainda este mês o instituto vai abrir um concurso externo, “já autorizado”, para a contratação de nove informáticos, estando prevista para o próximo trimestre a abertura de um outro concurso para recrutamento de 23 técnicos superiores nas áreas do planeamento, engenharia, análise estatística, relações internacionais, certificação profissional e outras, “nos termos da autorização governamental conferida por despacho de março” passado.
Finalmente, e no âmbito de um procedimento concursal gerido e coordenado pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, enquanto entidade de recrutamento centralizado, irão integrar o IMT mais 27 técnicos superiores nas áreas jurídica, económica, financeira, de gestão patrimonial e de planeamento.
Estes profissionais virão “reforçar a capacidade de tratamento de dados, produção e análise estatística, gestão e administração”, encontrando-se “em fase de conclusão” a lista de candidatos referentes à área da gestão patrimonial.
Já do ponto de vista tecnológico, e questionado relativamente aos constrangimentos no ‘site’ do IMT e no atendimento por “falta de sistema”, o IMT recorda ter anunciado recentemente um investimento de 2,5 milhões de euros em novas tecnologias aplicacionais, a executar nos próximos 18 meses.
Segundo detalha, este investimento “será complementado por mais 500 mil euros em ferramentas e recursos para a gestão de projetos a ser realizada em colaboração com os especialistas do IMT”.
O objetivo é modernizar os seus sistemas aplicacionais do instituto, adequando-os “à transformação que está a ocorrer no ecossistema da mobilidade e dos transportes a nível global”.
“Este investimento permitirá acelerar o processo de simplificação administrativa que se iniciou no início deste ano nas áreas dos condutores, dos veículos e dos transportes, automatizando e retirando tempo substancial ao processamento dos mais de 1,5 milhões de pedidos a que o instituto responde anualmente nestas três áreas”, remata.
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