Um dos locais que inicialmente esteve envolvido nos testes ao sistema de radares de velocidade média foi a Ponte Vasco da Gama, que liga Lisboa ao Montijo.
Esse tipo de radares foi depois implementado em 12 locais em todo o território nacional a 1 de setembro de 2023, tendo, no entanto, esta ponte ficado fora da lista de locais onde existe um controlo de velocidade média, mesmo existindo algumas informações erradas sobre a situação, conforme a Revista Motojornal aqui lhe contou em todo o detalhe.
Agora, e passados três meses do início de uma nova fase de testes, o sistema parece estar finalmente pronto a entrar ao ativo e a Guarda Nacional Republicana (GNR) anunciou esta quarta-feira 12 de junho, que foi assinado um acordo de protocolo com a concessionária da ponte lisboeta, a Lusoponte.
Esse acordo permite que os radares de velocidade média possam efetivamente começar a controlar o tráfego para que, em caso de deteção de infração, seja emitida a respetiva Contraordenação ao condutor prevaricador.
O comunicado divulgado pela GNR dá conta de que o sistema vai começar a multar a partir das 00H00 do próximo dia 15 de junho!
Refira-se que em França, e como pode ver em detalhe clicando aqui, as autoridades competentes optaram por inverter a implementação deste tipo de equipamentos.
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Nas informações agora reveladas pela GNR, durante o período de três meses em que o sistema foi testado, foram controlados mais de 100 mil veículos.
Desses controlos resultaram 275 infrações muito graves que correspondem a circular na Ponte Vasco da Gama a velocidades acima dos 181 km/h, 1109 infrações graves que correspondem a veículos detetados a circular a velocidades entre os 151 km/h e os 180 km/h, e nada menos do que 23.601 infrações leves que correspondem a veículos que circulam entre os 121 km/h e os 150 km/h.
Para além disto, os radares de velocidade média ‘apanharam’ um condutor a circular no seu veículo a uma velocidade de 277 km/h, sendo este o caso mais grave e a maior velocidade registada ao longo do período de testes.
Para além das habituais justificações usadas para instalar este tipo de sistemas de controlo de velocidade, a GNR destaca ainda que uma das razões para que a Ponte Vasco da Gama passe a contar com controlo de velocidade média é para responder ao denominado ‘fenómeno das corridas ilegais’.
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No comunicado oficial, podemos ler que “A Guarda Nacional Republicana é responsável pela fiscalização e ordenamento do trânsito em 97% da rede viária em Portugal Continental, sendo fundamental o seu contributo para a redução da sinistralidade rodoviária, dispondo, para tal, de valências específicas, que garantem a livre circulação e a integridade dos utentes das vias. A redução da sinistralidade rodoviária constitui uma prioridade estratégica para a Guarda Nacional Republicana e com este equipamento, tecnologicamente evoluído, a Guarda afirma-se como precursora ativa na aplicação de tecnologia em prol da segurança dos condutores com o objetivo de potenciar uma diminuição sustentada e consistente da sinistralidade rodoviária, nos principais eixos rodoviários”.
Assim, e a partir do próximo dia 15 de junho, sempre que circular na Ponte Vasco da Gama tenha em especial atenção que estará a ser ‘controlado’ pelos novos radares de velocidade média.
Terminamos este artigo com o conselho, já muito repetido, mas sempre pertinente, de que deverá sempre adotar uma condução onde, para além de outras coisas como evitar manobras perigosas, sejam cumpridos os limites máximos de velocidade para a via rodoviária em que circula.
Deverá também adaptar a velocidade a que circula às condições da via, às condições climatéricas, e também ao volume de tráfego rodoviário.
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