As exportações de componentes automóveis recuaram 3,9% nos primeiros oito meses do ano, em termos homólogos, para 7.700 milhões de euros, segundo a AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.
Apenas em agosto, as exportações de componentes automóveis representaram 736 milhões de euros, o equivalente a uma quebra de 5,4% face ao mesmo mês do ano passado.
Em comunicado, a associação mostra-se preocupada com esta evolução e regista que os dados “corroboram a preocupação” de que há “uma descida da atividade de produção para os mercados internacionais que contraria as expectativas que a indústria tinha para o ano de 2024”.
A associação do setor refere que o mercado europeu “continua a ser o principal destino” das exportações de componentes automóveis fabricados em Portugal, representando 88,3% do total das exportações deste setor. As exportações para a Europa caíram 4,8% no acumulado até agosto em relação ao mesmo período de 2023.
Espanha é o principal destino, com 27,4%, seguindo-se Alemanha (24,1%) e França (8,1%).
“Estes números refletem os desafios que o setor dos componentes automóveis enfrenta no contexto económico atual, com a procura internacional a revelar sinais de abrandamento, especialmente nos mercados europeus, que são vitais para as exportações nacionais”, acrescenta a AFIA, que assinala que o setor representa 14,6% das exportações nacionais.
Os cálculos da AFIA têm por base as estatísticas do comércio internacional de bens divulgadas no dia 10 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).