Tal como nas restantes categorias que integram o Mundial Superbike (SBK), também no que diz respeito ao Mundial Feminino (WCR) foi preciso aguardar pela derradeira ronda em Jerez para se descobrir quem seria a primeira piloto a sagrar-se campeão. E essa honra ficou para a espanhola Ana Carrasco (Evan Bros Racing).
A vitória no que ao campeonato diz respeito foi conseguida de forma dramática, na Corrida 2 do WCR em Jerez, este domingo. Isto porque Ana Carrasco tinha uma pequena margem de 13 pontos à maior sobre a sua grande rival, Maria Herrera (Klint Forward Team).
E numa categoria onde todas as pilotos competem com as Yamaha R7, tudo podia acontecer no traçado andaluz, até porque nomes como Sara Sanchez (511 Terra&Vita) ou Beatriz Neila (Ampito Pata Prometeon) podiam entrar nesta discussão pelo título e baralhar as contas das duas candidatas.
A corrida foi, como se esperava, de alta tensão entre as pilotos que integraram o grupo da liderança e discutiram as posições de pódio.
A dado momento, Ana Carrasco tinha o título ‘preso’ por apenas 1 ponto, quando Maria Herrera liderava e Carrasco estava um pouco mais atrás, sem conseguir subir na classificação desta corrida do WCR.
Em 5º a três voltas do fim, Carrasco queria evitar toques desnecessários que pudessem deitar por terra o trabalho de toda uma temporada em que a piloto espanhola renasceu depois da grave lesão que sofreu, há dois anos, no Circuito do Estoril. Maria Herrera tinha uma missão difícil pela frente, até porque Sara Sanchez, motivada pela recente vitória no Estoril, na ronda anterior, queria repetir esse resultado e por isso não facilitou nada.
Herrera, que tinha vencido no sábado, já no último setor do traçado espanhol e na última volta, encontrava-se em segundo atrás de Sanchez. À chegada à derradeira curva de Jerez, onde tantas vezes o drama acontece e as vitórias e títulos se decidem, Herrera não evitou um toque na roda traseira da Yamaha R7 de Sara Sanchez.
A piloto da Klint Forward Racing acabou por cair já quando a bandeira de xadrez se agitava para o fim da corrida, e viu então Ana Carrasco ser a terceira classificada e assim garantir o título no Mundial Feminino WCR com mais um pódio, tendo a vitória ficado para Sara Sanchez e o segundo lugar para Beatriz Neila.
Desta forma, Ana Carrasco fechou a primeira temporada da história do Mundial Feminino WCR com uma vantagem de 29 pontos para Maria Herrera, sendo que as vitórias nas derradeiras rondas do ano permitem a Sara Sanchez ser a terceira classificada do campeonato.
Em reação à conquista do título mundial feminino, e ao qual junta o título mundial de Supersport 300 conquistado há alguns anos, então a competir em pista com homens, Ana Carrasco refere que “Quando vi que a Maria (Herrera) estava ao ataque decidi ficar atrás das pilotos da frente e aguardar pelas últimas voltas. Com duas voltas para o fim, tentei passar, mas era muito difícil na reta posterior do circuito e não queria cometer nenhum erro. É fantástico ter terminado todas as corridas no pódio, foi uma temporada incrível! Penso que fizemos um grande trabalho enquanto equipa, controlando cada situação e conseguindo uma performance consistente. Estou muito, muito contente!”.
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