A par da mais ‘pequena’ CMX500, a gama de cruisers Rebel da Honda acaba de receber importantes novidades tendo em vista a presença no mercado das duas rodas em 2025. Isto porque também a maior e mais musculada CMX1100 Rebel foi alvo de intervenção dos engenheiros da marca nipónica.
Sendo que a partir de agora teremos um total de três versões: a base, a variante turística CMX1100T Rebel e a novíssima CMX1100 SE personalizada de fábrica.
A gama Rebel nasce com o intuito de permitir que a Honda disponibilize aos motociclistas uma proposta cruiser, de estilo ‘bobber’, com elementos característicos deste tipo de modelos, mas apoiando-se nas soluções técnicas e tecnológicas mais modernas.
Agora para 2025, a Rebel maior assenta nos alicerces de um sucesso continuado e recebe uma série de atualizações ao nível das performances, conforto, ergonomia de condução e tecnologia.
Apresentando-se como uma proposta que claramente segue as tendências de estilo originárias dos Estados Unidos da América, a CMX1100 Rebel destaca-se na estrada pela sua postura baixa, sendo uma moto mais comprida e estreita, com um “look” reforçado pelo uso de um depósito de combustível com capacidade para mais de 13 litros e que ajuda a dar algum volume ao conjunto japonês.
Tal como anteriormente, a nova Rebel pode ser conduzida a solo ou transportar um passageiro (o assento traseiro sai rápida e facilmente). Debaixo do assento encontramos um compartimento de arrumação de 3L. O canhão de ignição está localizado à esquerda do quadro e ‘solta’ o assento sem ser necessário remover a chave da ignição.
A CMX1100T Rebel foi concebida para ser uma opção para os motociclistas que desejam ter todo o potencial da versão base, mas também a capacidade de cobrir distâncias maiores em conforto e com capacidade de carga útil.
Esta variante T inclui de série uma semi carenagem fixa na forquilha, que também recebe um para-brisas de dimensões que permitem oferecer uma boa deflexão do vento a velocidade de cruzeiro mais elevadas.
Nesta CMX1100T Rebel as malas traseiras rígidas com tampas superiores articuladas foram concebidas para se integrarem melhor no conjunto, e oferecem uma capacidade de carga total de 35 litros.
Já a CMX1100SE Rebel destaca-se por ser o que a Honda define como uma “street custom muito chique”.
Esta versão é a primeira Honda de fábrica (para além da lendária RC213V-S) a ter espelhos retrovisores nos extremos dos punhos. Estes espelhos apresentam um design idealizado para exacerbar a elegância deste modelo, sendo fabricados em alumínio e o espelho é antirreflexo.
Outros acessórios de fábrica incluem uma carenagem frontal à cor da moto, foles de proteção na forquilha e um guarda-lamas dianteiro mais pequeno e desportivo. O assento com costuras tipo diamante acrescenta estilo extra, enquanto a cobertura do radiador anodizada marca a diferença e exclusividade do modelo SE.
No centro deste conjunto encontramos o motor bicilíndrico de 1084 cc que atualmente está instalado na maxitrail Africa Twin.
Isto significa que a unidade motriz da CMX1100 Rebel passa a contar com as mesmas novidades já introduzidas na maxitrail em termos de motor, que foram introduzidas para dotar este bicilíndrico paralelo de maior performance.
Entre as novidades e características que se destacam neste motor agora também usado na CMX1100 Rebel, podemos referir que a relação de compressão cresceu para 10,5:1 (antes era 10,1:1) e o motor produz agora 65 kW (88 cv) às 7.250 rpm.
Mas para uma moto como esta, o que importa é o binário e, embora o pico de potência permaneça o mesmo – 98 Nm às 4.750 rpm – a resposta foi redefinida. De acordo com a Honda é muito mais forte, logo desde baixos regimes, sendo que existe mais 32% de força do que o motor da Africa Twin.
Os engenheiros da Honda adaptaram ainda mais esta unidade potente e caraterística à CMX1100 Rebel através da utilização de uma árvore de cames e volante de motor específicos para este modelo. Estes componentes ajudam a enfatizar a pulsação natural do motor, combinando com a cambota de 270° de fase e ignição irregular, que garantem o caráter tão específico.
O acelerador eletrónico trabalha em paralelo com um sistema de injeção PGM-fi, que tem os seus parâmetros de injeção revistos para 2025, até porque a introdução de novas trompetas de admissão redesenhadas a isso obriga. O motor respira através de um sistema de escape também ele redesenhado, de secção oval, que foi idealizado para garantir uma sonoridade mais ‘grave’ ou vincada abaixo das 4.000 rpm.
Refira-se que este motor pode estar acoplado a uma transmissão manual, ou, caso o proprietário seja adepto de uma solução mais moderna e automatizada, a Honda permite que seja acoplado à famosa (e cada vez mais popular) transmissão de dupla embraiagem DCT.
A utilização de um sistema de acelerador eletrónico permite à Honda disponibilizar ao condutor da CMX1100 Rebel um pacote eletrónico moderno.
Existem três modos de condução pré-definidos para o condutor escolher, abrangendo uma grande variedade de condições de condução. Todas as ajudas à condução foram revistas para a nova potência e carácter do motor. A seleção dos modos é gerida pelo interruptor esquerdo do guiador, e um indicador no painel de instrumentos mostra quando o sistema HSTC está ativado.
O modo Standard é um ponto intermédio entre a entrega de potência do motor, o efeito de travão-motor e a intervenção do sistema HSTC, mas libertando muito mais potência do motor da Rebel à medida que a rotação sobe.
O modo Rain reduz de forma notória a potência do motor e também o efeito de travão-motor, complementado pelo sistema HSTC, para garantir uma condução suave e descontraída, com segurança acrescida em superfícies molhadas e/ou escorregadias.
O terceiro modo pré-definido de fábrica é o modo Sport, que oferece uma entrega de potência e um efeito de travão-motor mais agressivos, com baixa intervenção do sistema HSTC e oferecendo as máximas performances de utilização. Ideal para condições de aderência ideais e momentos de condução mais animados.
Depois a CMX1100 Rebel permite que o condutor personalize a moto e o pacote eletrónico ao seu gosto. Para isso disponibiliza dois modos User, que permitem ao condutor personalizar as suas definições preferidas. Depois de escolhidas, as definições dos modos User são memorizadas automaticamente, pelo que o condutor já não tem de as voltar a escolher cada vez que ligar a ignição.
A transmissão DCT, que é uma das duas opções disponíveis, foi também alvo de modificações. O objetivo principal foi de dotar o sistema de uma resposta mais suave a baixa velocidade e a partir de parado.
Esta nova geração do sistema DCT estima eletronicamente a pressão do óleo na câmara do êmbolo da embraiagem e avalia a forma como o ganho de feedback é aplicado – em vez de depender apenas de um sensor de pressão do óleo a montante do êmbolo da embraiagem.
De acordo com a Honda, isto resulta numa resposta melhorada e mais delicada da embraiagem. Para além da forma como o acelerador abre agora a partir de fechado, a caixa DCT também inclui uma definição dedicada para velocidades extremamente baixas.
Recordamos que a embraiagem DCT está diretamente ligada ao modo de condução selecionado, com parâmetros de funcionamento específicos para cada modo, sendo de destacar que o condutor pode sempre optar por deixar o DCT em modo automático ou então decidir manualmente como e quando quer trocar de caixa.
Do ponto de vista da ciclística, a nova CMX1100 Rebel apresenta diversas novidades que foram introduzidas para 2025 depois da Honda ter ouvido as opiniões dos proprietários deste modelo.
Nesse sentido, destacamos o guiador que foi reposicionado 28 mm para trás em direção ao condutor e 12 mm para cima, com os poisa-pés a avançarem 50 mm. O assento, que é fabricado numa nova espuma de uretano de alta qualidade, é 10 mm mais espesso e ligeiramente mais largo, para uma altura do assento que é de 710 mm, o que representa um aumento de 10 mm de altura do assento em comparação com a geração anterior.
Refira-se também que a Honda anuncia que o peso em ordem de marcha é de 226 kg com caixa manual e de 236 kg para a opção equipada com caixa DCT. A CMX1100T Rebel pesa 240 kg com caixa manual e 250 kg em versão DCT. E a CMX1100SE Rebel pesa 237 kg.
Uma última nota no capítulo das novidades para a introdução de um novo painel de instrumentos.
O novo painel TFT a cores de cinco polegadas substitui o ecrã circular de instrumentos do modelo anterior e tem colagem ótica para melhorar a visibilidade sob luz solar intensa. Ao selar o espaço entre o vidro de cima e o ecrã TFT com resina, o brilho é reduzido e melhora-se a transmissão da luz de fundo.
O ecrã pode ser personalizado entre os modos Bar, Circle e Simple e oferece conetividade para smartphones IOS/Android com a aplicação Honda RoadSync instalada.
Esta caraterística, juntamente com um interruptor de 4 vias simplificado, retroiluminado colocado no punho esquerdo, permite ter uma navegação detalhada diretamente no ecrã, para além da opção (usando um conjunto Bluetooth de auscultadores/microfone no capacete) para o condutor fazer chamadas ou ouvir música.
Tudo o que é necessário fazer é descarregar a aplicação Honda RoadSync na Play Store ou na App Store, ligar-se à CMX1100 Rebel e arrancar rumo ao seu destino. Antes colocada por baixo do banco, a ficha USB-C está agora localizada à esquerda do ecrã para maior comodidade e facilidade de utilização, permitindo carregar de forma mais fácil os dispositivos móveis.
Quanto a cores, aqui ficam as diversas opções de 2025 para a gama Honda CMX1100 Rebel
CMX1100 Rebel
– Azul Pérola Hawkseye
CMX1100T Rebel
– Cinzento Metalizado Iridium
CMX1100 SE Rebel
– Laranja Metalizado Flare
– Preto Metalizado Mate Ballistic
Quanto a preços e disponibilidade em Portugal de cada uma destas opções, aguardamos pela confirmação oficial da Honda Portugal sobre estas informações. Assim que possível iremos atualizar este artigo com disponibilidade e preços.
Galeria de fotos Honda CMX1100 Rebel
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