No seguimento da apresentação daquele que é o seu mais moderno e mais leve (de sempre!) motor bicilíndrico em V, a Ducati apresentou no Salão de Milão EICMA agora os primeiros modelos que estarão equipados com esta nova unidade motriz. Para além da Streetfighter V2, novidade de que falamos num artigo à parte, teremos também a nova Panigale V2 e V2 S.
Esta é a supersport da casa de Borgo Panigale, uma moto que procura manter a tradição de modelos passados como a 748, a 848 e mais recentemente a 959. Motos que, ao contrário da nova Panigale V2, sacrificaram a utilização em estrada por uma utilização mais focada nas pistas, e por isso eram mais exigentes para o condutor.
O design é, claro, adaptado da mais recente geração da superdesportiva Panigale V4. Isso inclui soluções de construção das carenagens que, no seu interior, escondem passagens para o ar circular de forma mais eficiente evitando assim que o condutor da Panigale V2 sinta tanto calor emanado pelo motor.
Óticas com luzes diurnas que ajudam a vincar a imagem agressiva da carenagem frontal, e na sequência encontramos um depósito semelhante ao da V4, que replica as formas especialmente concebidas para proporcionar apoio às pernas do condutor, mas que aqui é adaptado às novas dimensões do motor V2.
Este novo depósito também integra o conjunto de alterações realizadas no que à posição de condução diz respeito, sendo que a Ducati revela que o objetivo foi retirar peso dos pulsos do condutor, tornando esta supersport mais confortável e menos física, sem que isso fizesse com que se perdesse o “feeling” mais direto da direção.
Na secção traseira a Panigale V2 segue as linhas do protótipo de MotoGP, sendo totalmente carenada, criando assim uma estrutura que visualmente é mais sólida entre a carenagem e o assento.
Na traseira destacamos também a presença da nova ponteira em posição elevada, que integra o redesenhado sistema de escape nesta nova geração Euro5+.
Sobre o motor que equipa a nova Panigale V2 já aqui contámos todos os segredos e detalhes técnicos. É o novo V2 com uma cilindrada de 890 cc, com admissão variável, capaz de gerar uma potência de 120 cv. Este valor pode subir para os 126 cv caso o proprietário instale o sistema de escape de competição, um acessório para uso exclusivo em pista.
Ao nível da ciclística, a Panigale V2 confia num quadro tipo monocoque em que o motor é utilizado como parte estrutural de forço. Está combinado com um novo braço oscilante que adota o mesmo design estreado na V4. Um design concebido para oferecer mais tração nos momentos de aceleração à saída das curvas.
Por outro lado, as suspensões da Panigale V2 são totalmente ajustáveis. Porém, existem diferenças entre as duas versões disponíveis.
No caso da versão base, os componentes das suspensões são fornecidos pela Marzocchi (forquilha) e Kayaba (amortecedor), enquanto na Panigale V2 S estamos perante componentes com assinatura dos especialistas suecos da Öhlins, que, para além de um comportamento diferenciado, garantem um pouco mais de poupança de peso, tal como a bateria de lítio que integra o equipamento da V2 S.
Na travagem, a Ducati Panigale V2 recorre a pinças Brembo M50 que ‘mordem’ discos de 320 mm. Uma combinação de componentes considerada ideal tendo em conta uma condução em estrada, misturada com as ocasionais visitas à pista, onde a exigência é muito maior ao nível dos travões.
Sendo uma desportiva moderna, a Ducati não poderia deixar a Panigale V2 ‘despida’ das já obrigatórias ajudas e diferentes opções eletrónicas que influenciam o comportamento da moto, e a forma como o condutor desfrutará desta supersport.
Tendo por base uma plataforma de medição de inércia de 6 eixos, o pacote eletrónico desta novidade apresenta todas as opções que esperamos de uma moto deste calibre.
Através do painel de instrumentos TFT de 5 polegadas, também uma novidade neste modelo, o condutor terá acesso a três modos de visualização das informações: Road, Road Pro e Track. Cada qual com diferentes níveis de informações disponibilizadas e em maior destaque.
Existem quatro modos de condução – Wet, Road, Sport e Race –, que influenciam os parâmetros de intervenção de controlo de tração, ABS com função em curva e com a característica de “slide by brake”, controlo anti cavalinho, ajuste do efeito travão-motor, para além do quickshift de segunda geração, o mesmo elemento que é usado na Panigale V4 e que é de série na Panigale V2 e na V2 S.
A Panigale V2 S conta ainda com o denominado Power Launch para arranques perfeitos, e ainda o limitador de velocidade para usar no pit lane em circuito.
A nova coqueluche da casa de Borgo Panigale chega aos concessionários a partir de janeiro de 2025, com um PVP ainda por confirmar em Portugal. Apenas estarão disponíveis, quer a V2 como a V2 S, na opção de cor Ducati Red, mas a versão base é biposto enquanto a versão topo de gama é monoposto, sendo que poderá ser adquirido um kit de passageiro.
Galeria de fotos Ducati Panigale V2 e Panigale V2 S
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