Sem categoria Nissan prevê perdas de até 4.260 milhões de euros no exercício 2024-2025

Nissan prevê perdas de até 4.260 milhões de euros no exercício 2024-2025


O construtor automóvel japonês, que está a concretizar uma reestruturação que contempla milhares de despedimentos e tem uma pesada dívida, anunciou hoje que prevê registar um prejuízo anual de “entre 700 a 750 mil milhões de ienes”.

 

A Nissan, na qual o grupo francês Renault detém uma participação de 35%, deverá publicar no próximo dia 13 de maio os resultados relativos ao ano fiscal de 2024-2025 terminado em março.

O prejuízo explica-se, nomeadamente, “pelos custos associados ao plano de relançamento em curso”, indicou o construtor automóvel.

Perante a persistência do abrandamento das vendas nos seus principais mercados — o americano e o chinês — a Nissan anunciou no início de novembro que pretendia suprimir 9.000 postos de trabalho em todo o mundo e reduzir em 20% a sua capacidade de produção.

“A equipa de gestão procedeu a uma revisão exaustiva dos ativos de produção, o que resultou em perdas superiores a 500 mil milhões de ienes [3,08 mil milhões de euros] na América do Norte, América Latina, Europa e Japão”, refere a empresa em comunicado.

A empresa baixou igualmente as previsões em matéria de vendas de veículos e de resultados de exploração.

Para o novo presidente executivo nomeado em meados de março, Ivan Espinosa, estas revisões em baixa refletem os esforços “para continuar a estabilizar a empresa”.

A Nissan estima também que os custos associados ao plano de reestruturação ultrapassem os 60 mil milhões de ienes (cerca de 370 milhões de euros) e prevê fechar o exercício de 2024-2025 com 11,7 mil milhões de euros de dívida ligada às suas atividades automóveis, uma situação “estável em comparação com anos anteriores”.

“Apesar destas dificuldades, temos recursos financeiros significativos, uma carteira de produtos sólida e a determinação de dar a volta à Nissan nos próximos meses”, precisou Espinosa.

No final de 2024, a Nissan iniciou negociações com a compatriota Honda, visando criar o terceiro maior construtor automóvel do mundo, mas as negociações fracassaram em meados de fevereiro.

Este fracasso precipitou a saída de Makoto Uchida da presidência executiva e deixou a Nissan enfraquecida.

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