Segundo os dados do INE, os veículos ligeiros de passageiros representaram 75,4% do tráfego total, numa subida de 0,9 pontos percentuais (p.p.) face ao ano anterior, enquanto o peso dos ligeiros de mercadorias recuou 0,4 p.p., para 18,2%.
Todas as restantes categorias de veículos também recuaram a sua quota de vkm face a 2023, com os pesados de mercadorias a recuarem 0,1 p.p., para 1,2%, os pesados de passageiros 0,03 p.p., para 0,8%, e os tratores rodoviários e restantes tipologias 0,4 p.p., para 3,7%.
O gasóleo voltou a ser o tipo de combustível mais utilizado em 2024, de acordo com os dados provisórios do INE, representando 71,0% do tráfego, menos 2,1 p.p. face a 2023 e menos 3,2 p.p. em relação a 2015, tendo sido o único a reduzir a sua quota em cadeia.
Os veículos a gasolina representaram 20,8% do total de quilómetros percorridos, aumentando 0,3 p.p. em relação a 2023, mas ficando abaixo dos 24,6% de 2015.
As categorias dos veículos a GPL e de híbridos, elétricos e outros viram as suas quotas respetivas a aumentar 0,2 e 1,6 p.p., para 1,3% e 6,7%, sendo que estes últimos representavam apenas 0,3% do total em 2015.
Apenas em autoestradas, em termos homólogos, os veículos ligeiros representaram 92% dos 842,9 milhões de vkm, uma unidade que contabiliza a deslocação de um veículo rodoviário na distância de um quilómetro, percorridos em 2024, tendo agosto sido o mês com maior circulação (87,6 milhões de vkm).
O movimento de pesados em autoestradas manteve-se consistente durante o ano e “situou-se entre cinco e seis milhões de vkm, com exceção dos meses de julho e outubro, onde superou este intervalo, atingindo 6,2 e 6,0 milhões de vkm, respetivamente”, explica o INE.
A A1 foi a autoestrada mais percorrida por ligeiros em 2024 (18,1% do total), seguindo-se a A2 (9,1%) e a A4 (6,0%). Entre os pesados, também a A1 liderou (23,0%), seguindo-se a A25 (Vilar Formoso, com 9,2%) e a A4 (Quintanilha, com 6,8%).
O estudo recorreu a informação recolhida dos odómetros dos veículos com matrícula portuguesa durante as inspeções técnicas nos centros de inspeção automóvel.
“A estimativa para os veículos-quilómetro totais percorridos num determinado ano foi obtida através da diferença entre os valores estimados para o final e para o início desse ano”, explica o INE, que acrescenta que a análise apenas abordou veículos inspecionados e com odómetro.
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