Disputa-se este fim de semana o GP de Espanha de Fórmula 1 no Circuit de Barcelona-Catalunya, que tem continuidade garantida no calendário para 2026. Depois disso, tudo está em aberto.
O calendário da categoria rainha está no seu máximo de 24 rondas, continuam a existir países interessados em acolher Grandes Prémios – fala-se do regresso ao continente africano, por exemplo – e parece haver pouco espaço para mais do que um Grande Prémio por país.
Há exceções, claro – nos Estados Unidos da América, onde existe uma forte aposta por parte da Liberty Media, há três jornadas por ano com a presença bem consolidada.
Espanha não é, de perto nem de longe, um mercado da dimensão dos EUA. Poderá acolher dois Grandes Prémios mais além de 2026?
A edição do próximo ano do GP em Barcelona está contratualmente garantida, assim como a do evento de Madrid que se irá estrear sob o nome GP de Espanha.
Até ao momento, o circuito catalão – que recebe a F1 desde 1991 – ainda não renovou oficialmente. O Auto ao Minuto contactou os departamentos de imprensa do campeonato e do circuito, mas ainda não obteve resposta.
Mas a coexistência de dois GPs espanhóis no calendário não está posta de parte, nem mesmo no contexto de um calendário quase sem espaço: “O facto de estarmos em Madrid não exclui que possamos manter-nos em Barcelona no futuro. Há discussões em cima da mesa para ver se podemos realmente prolongar para o futuro a nossa colaboração com Barcelona, com quem temos uma relação muito boa”, disse o CEO da F1, Stefano Domenicali, ao site do campeonato aquando do anúncio do evento madrileno.
Pela sua antiguidade no calendário, Barcelona é muito bem conhecido pelas equipas e dos pilotos, que gostam do traçado. No ano passado existiram obras de remodelação, mostrando o empenho e o compromisso para se adequar aos padrões modernos.
São argumentos para que a pista se mantenha no calendário para além de 2026. Mas, para que isso aconteça, é preciso haver espaço no calendário e um acordo com a F1 – sendo que a primeira premissa parece seriamente em risco de não se cumprir.
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