A Uber assegurou hoje que, independentemente de qualquer que seja a política de imigração em Portugal, a sua prioridade é garantir que quem procura o serviço e quem conduz na plataforma “está apto e legal”.
“Independentemente de qualquer que seja a política de imigração, a principal prioridade é garantir que quem nos procura e quem conduz connosco está apto e legal em todas as vertentes” da regulamentação, disse o responsável da Uber em Portugal, Francisco Vilaça.
O responsável falava na conferência de imprensa de apresentação do novo serviço da plataforma, ‘Women Drivers’, que irá permitir, em Lisboa, a partir da próxima semana, escolher a possibilidade de viajar apenas com motoristas mulheres ou transportar exclusivamente passageiros do sexo feminino.
Francisco Vilaça reagia assim à questão do impacto que teria para a Uber a nova política migratória em Portugal cujas propostas vão ser discutidas, na sexta-feira, no parlamento, e que pretende, entre outras, alterar as leis da nacionalidade e de estrangeiros e criar uma Unidade de Estrangeiros e Fronteiras na PSP.
O responsável lembrou que, atualmente, os motoristas para prestarem serviço na Uber têm de ter autorização de residência e de trabalho, além do registo criminal limpo.
“Naturalmente, cumpriremos com qualquer que seja o novo cenário [de lei migratória] e qualquer que seja a alteração que isso venha a ter, em termos de perfil de quem nos procura para conduzir”, disse Francisco Vilaça.
O diretor geral da Uber em Portugal avançou que “a maioria dos motoristas que estão na plataforma são portugueses, mais de 60%”, lembrando os últimos dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), que indicam que mais de dois terços (76,4%) dos motoristas ativos em março tinham o português como língua materna (oriundos de Portugal, Brasil, Angola e Cabo Verde).
Os dados da nova plataforma desenvolvida pelo IMT, pela Uber e pela Bolt para partilha de dados sobre os TVDE em Portugal, indicam uma grande diversidade quanto ao país de origem dos motoristas ativos, com um total de 98 nacionalidades representadas.
A maior parte era de Portugal (52,8% do total), seguindo-se o Brasil (20,6%) e a Índia (10,4%).
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