Afinal, a BYD não terá uma fábrica no México tão cedo. O fabricante chinês põe estes planos em espera, perante as preocupações com as políticas tarifárias impostas pelos Estados Unidos da América de Donald Trump.
Stella Li, vice-presidente executiva da BYD, disse à Bloomberg em declarações citadas pela Business Insider: “Questões geopolíticas têm um grande impacto na indústria automóvel. Agora todos estão a repensar a estratégia noutros países. Queremos esperar para ter mais clareza antes de tomarmos a nossa decisão”.
Apesar de não avançar, pelo menos por agora, para uma fábrica no México, a BYD mantém as intenções de expansão da produção globalmente. De facto, acabou de abrir uma fábrica no Brasil, mais concretamente no Estado de Bahia – tornando-se na primeira fora da Ásia.
Este ano, também deverá ficar operacional a primeira fábrica na Europa, mais concretamente na Hungria e em Szeged.
No entanto, Stella Li admitiu que a expansão internacional será feita a um ritmo mais moderado – isto na sequência da polémica sobre as deficitárias condições laborais dos trabalhadores da construção da fábrica no Brasil: “Devíamos abrandar, recuar e deixarmos de nos focar na velocidade. Precisamos de trabalhar mais com empresas locais. Irá demorar mais tempo, mas está tudo bem”.
BYD cresce na primeira metade do ano
Os números mais recentes do BYD mostram que, só em junho, a marca vendeu 377.628 veículos de passageiros (aumento de 29,33 por cento face ao mesmo mês de 2024), dos quais 206.884 eram totalmente elétricos (uma subida de 40,86 por cento) e 170.744 eram híbridos plug-in (mais 19,93 por cento).
No acumulado dos primeiros seis meses do ano, o fabricante chinês encaixou 2.113.271 de veículos de passageiros vendidos (subindo 31,49 por cento por comparação com o ano passado). Um total de 1.023.381 eram elétricos (mais 40,93 por cento), enquanto os plug-in híbridos foram 1.089.890 (mais 23,71 por cento).
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