A faturação no período deverá rondar os 74,3 mil milhões de euros, uma quebra de 12,5% face ao primeiro semestre de 2024.
Os resultados agora divulgados são ainda preliminares e refletem, entre outros fatores, o impacto negativo de cerca de 300 milhões de euros devido à imposição de novas tarifas aduaneiras nos Estados Unidos.
Além disso, o grupo automóvel antecipa cerca de 3,3 mil milhões de euros em encargos antes de impostos, resultantes principalmente do cancelamento de programas, da desvalorização de plataformas e de custos associados a normas ambientais e à reestruturação industrial.
Entre abril e junho, a Stellantis vendeu 1,45 milhões de veículos em todo o mundo, uma queda de 6% face ao mesmo trimestre do ano anterior.
A maior retração ocorreu na América do Norte, com uma redução de 25% nas vendas – menos 109 mil unidades -, justificada pela quebra da produção, pela diminuição das vendas de modelos importados – mais penalizados pelos novos impostos – e pela redução no segmento de frotas.
Como resposta às tarifas impostas pela administração Trump, a empresa suspendeu temporariamente a produção em fábricas no Canadá e no México e dispensou cerca de 900 trabalhadores em unidades nos estados de Michigan e Indiana.
A incerteza gerada por esta nova política comercial levou a Stellantis a suspender, ainda em abril, as previsões financeiras para o conjunto do ano. A divulgação das estimativas preliminares surge agora como tentativa de alinhar as expectativas do mercado com a realidade operacional do grupo.
Os resultados financeiros consolidados do primeiro semestre serão conhecidos a 29 de julho.
Entretanto, os acionistas aprovaram recentemente a nomeação do italiano Antonio Filosa como novo presidente executivo da empresa, sucedendo a Carlos Tavares, que abandonou o cargo no ano passado sob pressão.
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