E se só puder circular com pelo menos duas pessoas no carro? Esta é uma medida que pode ser introduzida em Espanha, sendo uma das propostas da Direção Geral de Trânsito (DGT) no país – ainda em fase de análise.
De acordo com a Telecinco, é, no fundo, a aplicação de faixas VAO (Veículos de Alta Ocupação), com um mínimo obrigatório de duas pessoas dentro do carro para circular em estradas muito movimentadas.
É uma medida que vigora, por exemplo, em algumas estradas de França – onde a fiscalização é feita com câmaras munidas de sensores térmicos que permitem identificar a quantidade de pessoas a bordo de uma viatura. Um sistema que poderia, também, chegar a Espanha.
Segundo a revista da DGT, uma ideia seria criar vias dinâmicas, separadas por sinalização dinâmica nos painéis de informação variável, balizas luminosas no asfalto e leitores de matrículas.
Dessa forma, seria possível instituir vias exclusivas para viaturas com mais do que um ocupante, transportes públicos e motociclos nas horas de ponta apenas durante as horas de ponta. O Consórcio Regional de Transportes de Madrid estima que tal conceito iria poupar cerca de 15 minutos no trânsito na A-2.
No início do ano, o diretor da DGT, Pere Navarro, disse citado pelo site da entidade: “Em 80 a 85 por cento dos veículos em marcha na hora de ponta vai só uma pessoa. Mover 1.000 kg para transportar uma pessoa é um disparate. Se conseguirmos pôr duas pessoas em cada veículo, metade dos veículos, metade do consumo de combustível, metade das emissões… todos saímos a ganhar”.
O mesmo responsável foi ainda mais taxativo durante o Global Mobility Call no ano passado: “O futuro do tráfego será compartilhado ou não será“, vincou.
Na altura, também era reconhecida a necessidade de existir maior oferta de transportes públicos e preparar as infraestruturas viárias – incluindo a criação de vias especiais – para além de incentivar a partilha do veículo privado (‘carpooling’).
Outra das soluções equacionadas pela DGT, segundo a Telecinco, é a cobrança de um euro aos carros de não residentes – à semelhança do que já foi testado, por exemplo, pelo Conselho de Ibiza naquela ilha.
Em maio, o Conselho de Maiorca anunciou a proposta para limitar o número de carros por não residentes, limitar os carros para aluguer, estabelecer um limite anual ou bianual e também cobrar a veículos não taxados nas Ilhas Baleares.
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