Depois do MotoGP, Buenos Aires visa regressar à Fórmula 1. O Autódromo Óscar y Juan Gálvez volta ao mais importante campeonato de motociclismo de velocidade em 2027, sendo amplamente renovado. E, no futuro, ficará também compatível com a Fórmula 1.
O traçado terá duas versões diferentes – uma para o MotoGP com 4.340 metros e outra para a Fórmula 1 em que duas curvas serão mais amplas dando mais 500 metros a uma volta.
O desenho está a cargo de Hermann Tilke, que disse citado pela edição espanhola do Motorsport.com: “Temos um plano em duas fases. A fase 1 é para acolher o MotoGP em 2027, e a fase 2 é para a Fórmula 1. Isso significa obter uma licença completa de Grau A da FIM e uma licença de Grau 1 para a F1″.
As obras devem começar em outubro, com um custo de cerca de 150 milhões de dólares e conclusão prevista em novembro do próximo ano.
Já o chefe de governo da cidade de Buenos Aires, Jorge Macri, deixou bem claras as ambições de voltar à Fórmula 1: “Desafiamo-nos a procurar mais, porque este é um primeiro passo para pedir Buenos Aires de novo como sede da Fórmula 1“.
Argentina quer F1. Mas existirá espaço?
As pretensões argentinas poderão não ser fáceis de concretizar. O calendário da Fórmula 1 está no seu limite máximo de 24 rondas, uma delas aparentemente estável na América do Sul – o GP de São Paulo, no Brasil. E há o interesse de mais zonas do globo juntarem-se, especulando-se particularmente sobre um potencial regresso a África.
Atualmente, há um piloto argentino no pelotão da Fórmula 1. Trata-se de Franco Colapinto, da Alpine, que depois de impressionar na fase final da época de 2024, está longe de conseguir replicar os desempenhos este ano e já tem vindo a ver o seu lugar posto em dúvida.
A estreia da Argentina na Fórmula 1 remonta a 1953, numa altura em que um dos principais pilotos da categoria era Juan Manuel Fangio – que venceu em casa por três vezes. A última edição remonta a 1998, quando Michael Schumacher venceu pela Ferrari.
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