Já são conhecidas as contas do grupo Audi durante a primeira metade deste ano – que teve aumentos de receitas e um lucro operacional a rondar 1,1 mil milhões de euros. As tarifas alfandegárias dos Estados Unidos da América tiveram um importante impacto nos resultados.
O resultado financeiro caiu 24,3 por cento para os 593 milhões de euros no semestre inicial deste ano. As previsões para o resto do ano são influenciadas pela “situação tarifária dos EUA” e pelas despesas de reestruturação, tendo sido revistas em baixa para uma receita de 65 a 70 mil milhões de euros no total deste ano (antes, estavam na casa dos 67,5 aos 72,5 mil milhões de euros), com margem operacional de cinco a sete por cento.
Jürgen Rittersberger, diretor financeiro da Audi, explicou num comunicado: “A situação continua a ser muito desafiadora. Além da intensa pressão competitiva, o drástico aumento das tarifas de importação dos EUA e as despesas das medidas de reestruturação da Audi tiveram um impacto no desempenho financeiro na primeira metade do ano. A incerteza quanto aos programas de incentivos no segmento dos veículos elétricos também reduziu a procura do cliente”.
O líder da Audi fala na “maior transformação da história da empresa”, cuja necessidade é “claramente sublinhada” pelos resultados financeiros agora apresentados.
Menos entregas, maiores receitas
Entre janeiro e junho, houve uma redução de 5,9 por cento nas entregas de carros da Audi, Bentley e Lamborghini (794.088). Uma descida justificada pelas “condições económicas desafiadoras e pela atual situação tarifária dos EUA”.
Na Europa em particular, houve uma descida de quatro por cento na entrega de viaturas (232 mil), enquanto na China o declínio foi de 10 por cento (288 mil veículos). Já na América do Norte foram entregues menos nove por cento de automóveis, cerca de 99 mil.
Em termos de resultados financeiros, o grupo conseguiu um aumento das receitas de 5,3 por cento para os 32.573 milhões de euros – realçando que “uma proporção mais alta de veículos totalmente elétricos nas vendas totais contribuíram para este desenvolvimento positivo”.
O lucro operacional do grupo Audi foi de 1.087 milhões de euros (menos do que os 1.982 milhões de euros) do mesmo período do ano passado: “Foi principalmente afetado pelas medidas de transformação como o nosso acordo para o futuro. Isto foi agravado pelas pressões dos custos relacionadas à situação tarifária dos EUA”, esclareceu Jürgen Rittersberger.
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