Mudança de líder na Jaguar Land Rover. Depois de mais de 30 anos na empresa, Adrian Mardell vai deixar de ser diretor-executivo, pretendendo reformar-se após cerca de três anos no atual cargo.
A informação é adiantada pela agência Reuters, que cita um porta-voz da Jaguar Land Rover. Quanto à sucessão, ainda não está definida.
Foi em 1990 que Adrian Mardell entrou na Jaguar Land Rover, sendo designado como diretor-executivo em novembro de 2022. Nesta posição, foi o responsável por liderar uma revolução na marca Jaguar – com uma nova identidade revelada em novembro do ano passado.
Mas também foi durante o exercício de Adrian Martell que a Jaguar Land Rover apresentou os lucros mais altos da década (2,5 mil milhões de libras no ano passado), deixando para trás uma dívida de cinco mil milhões de libras para ter os melhores resultados operacionais de sempre.
Três décadas e meia na empresa
Foi há 35 anos que Adrian Mardell chegou à Jaguar Land Rover, ocupando diversos cargos de índole financeira. Em 2008, foi designado como vice-diretor financeiro e controlador de operações, antes de se tornar diretor de transformação.
Nessas funções, estabeleceu dois programas vitais para a empresa e para o seu desempenho financeiro a curto e longo prazo. Antes de se tornar diretor-executivo, Adrian Mardell era diretor financeiro da Jaguar Land Rover desde junho de 2019.
Jaguar Land Rover enfrenta desafios
Agora à procura de um novo diretor-executivo, a Jaguar Land Rover quer, naturalmente, dar continuidade à boa prestação financeira que tem tido.
No entanto, há alguns desafios pela frente – em particular o das tarifas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos da América, mercado que representa quase um quarto das vendas da empresa.
O país é essencial para os Range Rover e Defender, modelos de grande margem de lucro, e o construtor não tem qualquer fabrico nos EUA – o que o deixa vulnerável a tarifas de dez por cento para os veículos fabricados no Reino Unido e de 15 por cento no caso daqueles que saem da fábrica da Eslováquia.
Por outro lado, há a eletrificação e a perspetiva de fim dos motores a combustão na Europa, continente no qual também há um declínio do mercado automóvel no geral – na primeira metade do ano, a quebra foi de 5,1 por cento considerando os países da União Europeia, EFTA e Reino Unido.
A Jaguar apresentou uma quebra de 80,4 por cento nas vendas entre janeiro e junho (com apenas 2.813 unidades vendidas), ao passo que a Land Rover cresceu 0,7 por cento com 69.691 vendas. A Jaguar Land Rover como um todo recuou 13,4 por cento (72.504 automóveis comercializados).
Adrian Martell© Jaguar Land Rover
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