Norris, que largou da terceira posição da grelha, deixou na segunda posição o australiano Oscar Piastri (McLaren), a 0,698 segundos, com o britânico George Russell (Mercedes) em terceiro, a 21,916.
Foi a quarta dobradinha consecutiva para a McLaren, algo que a escuderia britânica não conseguia desde 1988, com a dupla Senna-Prost.
A vitória de Lando Norris nasceu da estratégia emanada do muro das boxes.
Partindo com 16 pontos de atraso para Oscar Piastri, o piloto britânico deixou-se ultrapassar no arranque por George Russell (Mercedes) e pelo espanhol Fernando Alonso (Aston Martin), caindo para a quinta posição.
O monegasco Charles Leclerc (Ferrari) aproveitava as guerras atrás de si para respirar mais à vontade.
Com Norris entalado no quinto lugar, a equipa sugeriu ao britânico mudar para a estratégia de apenas uma paragem em vez de duas, seguida pelos adversários.
Isso permitiu a Norris parar apenas na volta 32 das 71 e, quando os adversários pararam a segunda vez, assumir o comando, apesar de ficar exposto a um ataque na parte final.
Foi o que aconteceu, com Oscar Piastri a recuperar 12 segundos até chegar à traseira do companheiro de equipa a seis voltas do final.
O problema é que a pista da Hungria é pouco dada a ultrapassagens e o piloto que segue atrás vê a aerodinâmica afetada pelo ar sujo.
Piastri ainda tentou roubar a vitória ao companheiro de equipa mergulhando por dentro da curva 1 na volta 69 mas só conseguiu queimar a travagem para evitar chocar com o McLaren de Norris, o que lhe valeu uma reprimenda via rádio.
Estava decidida a corrida, com Lando Norris a conquistar a nona vitória da carreira, quinta da temporada, que lhe permite recuperar sete pontos no campeonato face ao líder Piastri.
“Estou morto. Pensei que a estratégia de uma só paragem ainda me poderia levar ao segundo lugar mas deu para a vitória”, confessou Norris.
Já Piastri não escondia a desilusão por ver a vitória fugir-lhe das mãos e, mais do que isso, ir para férias com a vantagem no campeonato encurtada a nove pontos.
“Sabia que ia ser difícil porque fazer ultrapassagens aqui não é fácil”, disse.
Mais desalentado estava Charles Leclerc, que largou da pole position mas viu escapar-lhe o pódio por entre os dedos.
Via rádio, o piloto monegasco ralhou com a equipa, pedindo para ser mais ouvido nas decisões, pois após a segunda paragem nas boxes para montar pneus duros o carro perdeu ritmo, que o fez cair ao quarto lugar.
Fernando Alonso acabaria por levar o Aston Martin melhorado ao quinto lugar, o melhor resultado desta temporada.
O neerlandês Max Verstappen (Red Bull) não foi além do nono lugar e viu o duo da frente escapar-se ainda mais, com o quinto título consecutivo a transforma-se numa miragem.
Com estes resultados, Oscar Piastri mantém o comando do campeonato, com 284 pontos, mais nove do que Lando Norris, que tem 275. Max Verstappen é terceiro, com 187.
Segue-se o GP dos Países Baixos, em 29 a 31 de agosto.
Leia Também: Lando Norris bate Piastri e vai de férias com o GP da Hungria no ‘bolso’