Continuam as dificuldades da Tesla na Europa. Em julho, o construtor de carros elétricos quebrou significativamente no continente, apesar de até ter introduzido atualizações no Model Y.
Segundo a agência Reuters, existiram 34.781 novos veículos registados da Tesla em julho, contra os 45.087 do mesmo mês de 2024. Isto traduziu-se num quota de mercado entre os veículos elétricos de 14,5 por cento (quando, no ano passado, era de 21,6 por cento).
Considerando mercados individuais, a quebra foi particularmente expressiva na Suécia – de 86 por cento, com 163 novos registos em julho. Também houve descidas fortes nos Países Baixos (62 por cento), na Bélgica (58 por cento) e Dinamarca (52 por cento).
Só considerando o Model Y, que em março recebeu uma atualização com uma versão de tração integral e maior autonomia, a Suécia apresentou quebras de vendas na ordem dos 88 por cento face a 2024, mas houve quatro vezes mais de vendas na Noruega (715 viaturas). De referir que neste país nórdico quase todos os novos carros vendidos são totalmente elétricos.
Nos primeiros seis meses do ano, houve uma descida de um terço nas vendas europeias da Tesla, por comparação com o ano passado. Mas, em julho, existiram também evoluções positivas: na Noruega houve um aumento de 83 por cento nos novos registos da Tesla, enquanto aqui ao lado em Espanha esse aumento foi de 27 por cento.
E em Portugal?
Os dados citados pela agência Reuters mostram que Portugal acompanhou a tendência de quebra das vendas da Tesla, com apenas 284 automóveis da marca registados no mês de julho. Foi uma descida de 49 por cento se o número for colocado lado a lado com o de julho de 2024.
Tesla enfrenta ano complicado
Este não tem sido um ano fácil para a Tesla, cujas vendas estão a descer em vários países. A gama de modelos está relativamente envelhecida, para além de não existir um automóvel mais acessível – quando a concorrência é cada vez maior e a preços mais apelativos, em especial vinda da China.
Por outro lado, o líder máximo, Elon Musk, tem vindo a estar envolvido em polémicas com o seu envolvimento na política e passagem efémera pela Administração Trump – havendo, inclusive, iniciativas de boicote aos carros da marca.
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