Numa fase atribulada da sua história, a Nissan entrou num processo de reestruturação. E também está prevista a redução de postos de trabalho na Europa, cuja delegação também será reestruturada.
O construtor japonês atravessa dificuldades financeiras, sendo que na primeira metade do ano revelou uma quebra de 5,7 por cento nas vendas globais face ao mesmo período de 2024. Revelou, também, uma quebra de 80,1 por cento nos lucros operacionais no primeiro trimestre do ano financeiro, por comparação com o ano passado – estando em terreno negativo. As receitas quebraram 291,5 por cento.
Segundo a agência Reuters, que cita um documento da empresa e e-mails internos, a Nissan começou a conversar com os representantes dos trabalhadores da Nissan Automotive Europe com vista à redução de postos de trabalho.
A sede europeia é em França, mais concretamente em Montigny-le-Bretonneux, empregando cerca de 560 pessoas. O funcionamento deverá ter uma mudança radical com este processo de reestruturação, disse fonte citada pela já mencionada agência.
Antes de despedimentos forçados, serão negociadas saídas voluntárias, junto dos sindicatos. As discussões devem estender-se até 20 de outubro, antes de as conclusões serem partilhadas com os funcionários no mês seguinte.
Ivan Espinosa, diretor-executivo da Nissan desde abril, já anunciou um corte de cerca de 15 por cento na mão-de-obra global da Nissan. A capacidade de produção será reduzida em quase 30 por cento (2,5 milhões de veículos), sendo também diminuído o número de fábricas (passando de 17 para 10). Uma das afetadas é a do México, que deixará de operar em março de 2026.
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