O possível rumo do setor automóvel europeu é motivo de preocupação para Ola Kälenius – em particular, no que toca aos planos de Bruxelas para interditar novos motores de combustão a partir de 2035.
O também presidente da ACEA – Associação de Construtores Automóveis Europeus, referiu ao Handelsblatt: “Precisamos de um confronto com a realidade. Caso contrário, iremos contra a parede a alta velocidade”.
No entender de Ola Källenius há, inclusive, o risco de muitos consumidores virem a comprar carros de combustão quando 2035 estiver mais perto: “Isso não faz nenhum bem ao clima”, frisou.
O alemão reconhece a necessidade de ter um setor automóvel mais ‘amigo’ do meio ambiente, mas não de qualquer maneira: “Claro que temos de descarbonizar, mas tem de ser feito de uma forma neutra tecnologicamente. Não podemos perder a nossa economia de vista”.
Ainda faltam dez anos para 2035 e, até lá, o cenário ainda poderá mudar. Em março, o maior grupo do Parlamento Europeu salientou que iria tentar que os planos façam ‘«marcha-atrás»’. A revisão do assunto acontecerá na segunda metade do ano.
Os construtores automóveis têm vindo a fazer pressão para que a União Europeia siga um caminho de incentivos e condições para a aquisição de carros elétricos – sem, no entanto, deixarem de investir nestas e noutras tecnologias motrizes.
Em setembro, a Mercedes vai lançar um novo modelo elétrico com tecnologia EQ. É a mais recente edição do GLC, que será revelado na IAA Mobility em Munique. Este é um carro que mantém as linhas que tanto destacaram o GLC ao longo do anos, mas com a natural modernidade atual – algo evidente na reinvenção da imponente grelha frontal, que agora será iluminada.
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