As tarifas dos Estados Unidos da América têm sido um assunto dominante na economia desde abril, tendo impacto considerável em diversos setores. O dos automóveis é um dos que está vulnerável.
Em julho passado, a Europa e o país liderado por Donald Trump conseguiram chegar a um entendimento acerca da questão tarifária, fixando os valores em 15 por cento – ainda assim, longe da reciprocidade zero desejada por Bruxelas.
Agora, segundo a agência Reuters, um porta-voz do governo alemão salientou que os EUA devem baixar as taxas aduaneiras especialmente no que toca ao setor automóvel antes de haver um acordo mais amplo: “Em particular, as tarifas automóveis devem ser reduzidas rapidamente como acordado. Também estamos conscientes do fardo considerável na economia orientada para as exportações. O nosso papel é continuar a apoiar totalmente a Comissão Europeia neste processo”.
O protecionismo económico extremo tem sido uma das imagens de marca destes primeiros meses da segunda passagem de Donald Trump pela Casa Branca, com múltiplos aumentos tarifários e ameaças recorrentes contra vários países de valores ainda mais pesados. Além da UE, foram também ‘alvo’ países como o Japão, Reino Unido ou China, que também já chegaram a diferentes entendimentos.
No fim de julho, foi alcançado um entendimento, na sequência de uma reunião entre a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, e Trump. Prevê tarifas de 15 por cento aplicáveis à maioria dos bens exportados da UE para os EUA (incluindo automóveis e componentes automóveis).
O valor fica bem acima dos que vigoravam até há poucos meses e aos que foram acordados entre EUA e Reino Unido. Há, ainda, muitos detalhes por conhecer, mas sabe-se do compromisso da UE para com a aquisição de vários milhares de milhões de euros em energia americana e de certos produtos tecnológicos incluindo de inteligência artificial.
Leia Também: EUA e UE chegam a acordo. Trump aplica tarifas de 15% à União Europeia