Sem surpresa, a VR46 Racing Team de Valentino Rossi renovou com Franco Morbidelli para a temporada de 2026 do MotoGP – o que deixa Miguel Oliveira com apenas uma solução para continuar na grelha, caso não fique na Pramac Yamaha.
O piloto italiano chegou à VR46 este ano, para continuar com uma mota da Ducati – com a qual contactou pela primeira vez no ano passado. E a sua temporada tem sido sólida, pelo que a renovação parecia um cenário muito provável.
Em 14 rondas, Morbidelli já tem dois pódios, ocupando nesta altura o sexto lugar no campeonato – uma posição à frente do colega de equipa, Fabio Di Giannantonio, com mais sete pontos. Está a apenas três pontos do top cinco.
Em comunicado, o piloto que tem raízes brasileiras falou da renovação: “A minha paixão por esta equipa é muito profunda. Eu sinto-me ótimo aqui e tenho uma relação incrível com todos os membros. Será um prazer competir com a VR46 Racing Team também no próximo ano. É fantástico anunciar algo especial. Espero viver muitos mais ótimos dias como os que tivemos este ano, porque merecemo-los verdadeiramente. Temos quase um ano e meio pela frente para continuarmos a mostrar o grande potencial que temos juntos”.
Fora a Pramac, sobra um lugar no pelotão
A situação de Miguel Oliveira no MotoGP é complexa. O contrato anunciado com a Pramac Yamaha em setembro do ano passado é válido até ao fim de 2026, mas especula-se que pode ser quebrado prematuramente caso os resultados e desempenhos estejam abaixo do pretendido.
No fim de agosto, a imprensa especializada internacional noticiou que o construtor japonês terá optado por renovar com o colega do português, Jack Miller. Como já anunciou a contratação de Toprak Razgatliolgu, isso deixaria Oliveira de fora da Pramac e da Yamaha.
Neste momento, o piloto nascido no concelho de Almada ocupa o 23.º posto do campeonato com dez pontos. O seu melhor resultado foi o 12.º lugar alcançado recentemente no GP da Hungria.
Após a renovação de Franco Morbidelli, resta uma vaga em aberto noutra equipa: é na LCR Honda, com Somkiat Chantra a ter o futuro em sério risco. Tem apenas um ponto até agora, numa época de estreia que está longe do andamento dos outros pilotos Honda.
No entanto, esse lugar pode estar praticamente preenchido, uma vez que há fortes rumores sobre a contratação de Diogo Moreira – brasileiro que está a dar nas vistas no Moto2.
Considerando apenas anúncios oficiais, Oliveira teria agora duas soluções para continuar no MotoGP: conseguir a confiança da Pramac para cumprir o contrato até ao fim de 2026 como previsto; ou rumar à LCR Honda. São cenários viáveis só se a especulação que corre na imprensa internacional não se confirmar.
As mesmas especulações na imprensa especializada estrangeira apontaram já Oliveira ao cargo de piloto de testes numa equipa de MotoGP, assim como ao pelotão do Mundial de Superbike.
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