Lando Norris parecia a caminho do segundo lugar do GP de Itália de Fórmula 1 este domingo em Monza, quando perto do fim uma paragem nas boxes prejudicada por um problema com uma das aparafusadoras de pneus o atirou para terceiro – atrás do colega Oscar Piastri.
O australiano, que lidera o campeonato, iria assim ficar na frente do britânico que é o seu principal perseguidor no Mundial, por uma situação pela qual nenhum dos dois teve culpa. A McLaren acabou por ordenar a Piastri a cedência de posição, para que Norris conseguisse o segundo lugar. E foi isso que se fez, gerando alguma polémica.
Norris não quer ganhar com “posições cedidas”
O britânico, que deste modo reduziu a distância para Piastri no campeonato para 31 pontos, foi chamado a comentar o sucedido em conferência de imprensa: “No fim de contas, não quero ganhar desta forma, ao ter posições cedidas ou algo assim. E é o mesmo com o Oscar; não queremos perder ou ganhar assim. Mas fazemos o que pensamos ser correto como equipa, independentemente do que disserem ou de quais forem as opiniões, e continuamos a fazer à nossa maneira”, lê-se na transcrição disponível no site da FIA.
E Norris frisou que uma troca de posições como a que existiu em Itália não aconteceria em todos os cenários: “Não somos idiotas e temos planos para coisas diferentes. Se existissem quatro carros entre mim e o Oscar, claro que ele não me ia deixar ultrapassar de volta […]. Mas numa situação em que não estávamos a competir, numa situação em que só podemos ser justos, então esperas que seja justo, como equipa. […]. Se eu entrasse a fundo nas boxes e atropelasse todos os meus mecânicos, não esperaria recuperar a posição, mas esteve fora do meu controlo“.
Por sua parte, Oscar Piastri falou na retificação de uma situação de corrida: “Tivemos discussões sobre todos os tipos de cenários e, quando estás na mesma equipa, quando há coisas fora do controlo dos pilotos, há muitas mais formas de o retificar. Então, é uma discussão que tivemos. Tenho a certeza que a iremos rever e discutir mais, mas não foi uma situação que não tivéssemos discutido antes”.
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