Não há carros elétricos da Seat e, tão cedo, não deverão existir. Esta opção foi deixada clara por Markus Haupt, que em março foi designado como diretor-executivo interno.
O dirigente disse citado pelo jornal El País à margem da IAA Mobility em Munique: “Hoje em dia, é impossível fazer um carro elétrico com a Seat se quisermos ganhar dinheiro“.
Em 2027, a Volkswagen irá lançar um modelo elétrico acessível, com um preço a rondar os 20 mil euros. Algo impraticável para a Seat. Markus Haupt deixou a questão: “Se a Volkswagen vende a esse preço, a quanto deve vender a Seat?”.
Cupra assume protagonismo nos elétricos
Posto isto, a Cupra está a apostar em modelos elétricos. É uma marca própria que em 2018 deixou de ser sub-marca da Seat, assumindo-se como mais premium e desportiva. Ficará, como já acontece, com os elétricos espanhóis do Grupo Volkswagen – é o caso do Raval, que chegará já no ano que vem.
Há uma clara distinção entre as duas identidades espanholas e respetivos posicionamentos, como Markus Haupt frisou: “Hoje em dia, a Seat é um complemento ideal para a Cupra, porque estão em segmentos diferentes, dirigidas a clientes diferentes”.
Não ter planos para apostar em massa em carros elétricos não significa desinvestimento na Seat – que continuará a apostar nos motores de combustão interna e híbridos. Vai revelar, em breve, os novos Arona e Ibiza, cujo lançamento está previsto para outubro.
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