A Jaguar Land Rover ainda não conseguiu retomar a produção na sequência do grave ataque informático de que foi alvo há poucas semanas. E isso pode afetar negativamente fornecedores.
A publicação Autocar escreve que a empresa ainda não está capaz de fabricar carros nas suas fábricas globalmente. Acontece, pelo menos, desde 1 de setembro e não existe, até ao momento, um prazo previsto para o regresso à normalidade Há quem estime prejuízos de cinco milhões de libras por dia.
Mas não só a Jaguar Land Rover pode enfrentar problemas, segundo disse à BBC um professor de economia da Birmingham Business School, David Bailey.
O docente explicou: “Há algo como 250 mil pessoas na cadeia de fornecimento à Jaguar Land Rover. Então, se existir um efeito cascata deste fecho, podíamos ver empresas a ir abaixo e empregos a perderem-se“.
Já Andy Palmer, antigo diretor da Aston Martin, falou de um potencial cenário de falências: “Alguns dos fornecedores vão à falência. Não ficaria nada surpreendido por ver falências“.
Há pequenas e médias empresas que fornecem a Jaguar Land Rover, que não têm capacidade para que os seus negócios fiquem parados durante um longo período de tempo.
De facto, de acordo com a BBC, um pequeno fornecedor do fabricante alvo do ciberataque admitiu ter despedido 40 pessoas, cerca de metade. E o funcionário de um grande fornecedor revelou que não se prevê que as atividades voltem antes de 29 de setembro. Algo alarmante.
Governo está consciente do cenário preocupante
Chris Bryant, ministro dos Negócios e Comércio, não fugiu à complexidade da situação na Jaguar Land Rover, cujo ataque informático de que foi alvo também pode ter comprometido dados.
O governante britânico referiu: “Reconhecemos o impacto significativo que o incidente teve na JLR e nos seus fornecedores, e sei que este é um momento preocupante para os afetados. […]. Estamos em contacto diário com a empresa e com os nossos peritos em cibernética para resolver o problema”.
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